Ou Bivar disputa agora ou talvez não tenha outra chance, por Inaldo Sampaio

Mário Flávio - 17.10.2018 às 09:56h

O pernambucano Luciano Bivar não é propriamente um veterano na Câmara Federal porque agora é que irá cumprir seu terceiro mandato naquela Casa. Todavia, reúne as condições políticas mínimas para ser o seu próximo presidente, desde que acredite que isto é possível.

Em primeiro lugar, a Casa teve 50% de renovação e os velhos cabos eleitorais do atual presidente, Rodrigo Maia, não estarão mais lá em 2019, fazendo com que o deputado fluminense tenha se inviabilizado como candidato à reeleição. Maia viabilizou-se em meio a uma crise, que foi a saída de Eduardo Cunha da presidência, com apoio do presidente Michel Temer e dos partidos de esquerda.

Em segundo lugar, os cerca de 250 novos parlamentares que irão tomar posse em fevereiro próximo talvez nem conheçam Rodrigo Maia. Logo, não têm qualquer compromisso com a reeleição dele. É esse vácuo que poderá ser preenchido pelo deputado Luciano Bivar, cujo partido (PSL) saiu das urnas com a segunda maior bancada da Câmara Federal (52 parlamentares).

Por último, Bivar contaria com o apoio do virtual futuro presidente da República, Jair Bolsonaro, a quem cedeu a legenda do PSL para se candidatar. Só precisa crer que a vitória é possível, como Severino Cavalcanti acreditou e chegou lá, e ter uma conversa com os líderes dos outros partidos para montar uma chapa proporcionalmente representativa do tamanho das bancadas, algo que poderá ser feito após o segundo turno da eleição presidencial. O cavalo está selado à sua espera e se ele não montar agora talvez não tenha outra chance no futuro. Como escreveu o poeta, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.