Do Poder 360
O presidente da FNP (Frente Nacional de Prefeitos) e ex-prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), disse que ficou alegre com o anúncio do governo federal de comprar vacinas da Pfizer, da Johnson&Johnson e outras. Para ele, é uma mudança de posição importante. “Isso mostra que o governo está seguindo um caminho que recomendamos um tempo atrás”, afirmou.
Em entrevista ao Poder360, Donizette disse não tem “dúvidas” que a ação do governo acontece em contrapartida à recentes “pressões” para compra de mais imunizantes, como o anúncio do consórcio da FNP e a aprovação no Congresso do projeto de lei que autoriza Estados e municípios a comprarem vacinas.
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Em 23 de fevereiro, a FNP anunciou que formaria um consórcio público para compra de vacinas pelos municípios. Em 24 de fevereiro, o Senado aprovou o PL com a autorização para Estados e municípios. Na 3ª, o texto foi aprovado Câmara e seguiu para sanção presidencial. No dia seguinte, 4ª feira (3.mar), o Ministério da Saúde confirmou a compra de vacinas da Pfizer e da Johnson e Johnson.
O início do consórcio se deu na 2ª feira (01.mar) em uma reunião com prefeitos, onde foi anunciado que qualquer município poderia participar. O prazo para os prefeitos aderirem ao consórcio encerrou na 6ª feira (05.mar). Ao todo, 1.703 cidades manifestaram interesse em aderir ao consórcio. Juntos, abrangem mais de 125 milhões de brasileiros. A expectativa da FNP é que ainda em março haja contratos firmados. Eis a lista completa dos municípios que aderiram ao consórcio.
O presidente da FNP reforçou que tem um bom diálogo com o Pazuello e que o ministro da Saúde acaba pagando por escolhas que não são dele. “Muitas vezes ele fala algo e é desautorizado pelo presidente. Isso é muito ruim”, disse. Donizette citou como exemplo o episódio em que o ministro da Saúde assinou o termo de intenção de compra da CoronaVac em 20 outubro de 2020 e Bolsonaro vetou a compra no dia seguinte.