Petrobras sobe preço dos combustíveis em até 24%

Jorge Brandão - 10.03.2022 às 10:55h
Foto: Reprodução/Internet

Após 57 dias, a Petrobras anunciou, nesta quinta-feira (10), que fará ajustes nos preços de gasolina e diesel nas refinarias, ou seja, para as distribuidoras. A alta chega a 24,93% e vale a partir de amanhã (11). O GLP também vai subir, após 152 dias.

Em nota, a Petrobras disse que esse movimento “vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda”. O anúncio vem em meio à escalada do preço do petróleo internacional durante a guerra da Rússia contra a Ucrânia. A política de preços da Petrobras é baseada na variação internacional desde o governo Michel Temer (MDB), em 2017. Após três anos sem propor mudanças no atual modelo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez críticas na semana passada a esse formato.

O aumento do preço dos combustíveis é um calo para Bolsonaro a cerca de seis meses da eleição presidencial. A partir de amanhã, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, avanço de 18,77%. A parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Um aumento de R$ 0,54 por litro.

Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, um acréscimo de 24,9%. A parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro.

Para o GLP, o último ajuste de preços vigorou a partir de 09 de outubro de 2021, há cinco meses. A partir de amanhã, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg, uma alta de 16,06%.

“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, alegou a Petrobras em uma nota.

“Adicionalmente, a redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata, e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil”, acrescentou.