Presidente do BC atribui estouro da meta da inflação a preço do petróleo e retomada da economia

Jorge Brandão - 11.01.2023 às 12:25h
Foto: Reprodução

Do g1

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, publicou nessa terça-feira (10) carta aberta encaminhada ao ministro da Fazenda e presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN), Fernando Haddad, na qual explica os fatores que levaram a inflação a terminar o ano de 2022 em 5,79%.
Ele atribui o estouro da meta da inflação a cinco fatores, entre eles, a elevação do preço do barril de petróleo e a retomada da economia.

O estouro aconteceu mesmo com a Selic, a taxa básica de juros da economia, no maior patamar desde o fim de 2016.
O percentual ficou acima do centro da meta de inflação e acima do teto da meta, ambos definidos pelo CMN. Para 2022, a meta de inflação era de 3,5%, com teto (limite máximo permitido) de 5%.
Foi o segundo ano seguido em que a inflação registrada no país estourou o teto da meta, obrigando o presidente do BC a publicar uma carta aberta com as justificativas.

Em 2021, a inflação terminou o ano em 10,06% – bem acima do teto da meta, que era de 5,25%. À época, Campos Neto atribuiu a escalada de preços à disparada das commodities e à falta de insumos.

Para 2023, o centro da meta de inflação é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo. Ou seja, será formalmente cumprida se ficar entre 1,75% (piso) e 4,75% (teto).