Nesta quarta-feira (5) os educadores de todas as escolas públicas do país cruzarão os braços. O movimento está sendo denominado de Marcha Nacional Pela Educação e pretende reunir, em Brasília, cerca de cinco mil educadores de vários estados do Brasil para pressionar as autoridades políticas no sentido de garantir as condições para uma verdadeira valorização profissional. Os principais pontos de reivindicação contidos na pauta da Marcha são:
Piso: Cumprimento integral da Lei do Piso Salarial, pois vários governadores e prefeitos ainda insistem em não cumprir o que determina a lei;
Índice de atualização: Barrar o PL nº. 3776/08, que vincula o índice de atualização do Piso do Magistério ao INPC/IBGE.
PIB: Estabelecimento da meta de 10% do PIB brasileiro para ser investido na educação;
Plano Nacional de Educação: Aprovação do PNE discutido no Senado;
Carreira: Valorização dos profissionais da educação com a garantia do cumprimento dos planos de cargos, carreiras e vencimentos;
Jornada: Efetivo cumprimento da jornada de trabalho com um terço destinado para aula-atividade, de acordo com o que determina a Lei do Piso Salarial (nº. 11.738).
De acordo com o diretor da Associação dos Trabalhadores em Educação de Caruaru –ATEC, Fred Leandro, mais do que um movimento reivindicatório, a Marcha Nacional Pela Educação também significa um GRITO. “Um grito de desabafo de uma categoria que sofre com a desvalorização profissional, com a falta de condições de trabalho, com as pressões psicológicas e o patrulhamento burocrático que assola as nossas escolas públicas. No entanto, é também um grito de revolta, de rebeldia, um grito que quer mostrar aos governos que, apesar de tudo, ainda temos muita força de organização e mobilização; para mostrar que não aceitaremos passivamente a supressão de direitos historicamente conquistados”, disse.
“A ATEC convoca todos os educadores e educadoras das redes municipal e estadual de Caruaru a aderirem a paralização nacional deste dia 05 de setembro, mostrando que os trabalhadores e trabalhadoras em educação exigem respeito”, completou.