PT oficializa candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República

Jorge Brandão - 22.07.2022 às 09:56h
Foto: Reprodução/Internet

O PT confirmou nessa quinta-feira (21), em convenção realizada em um hotel de São Paulo, a aprovação da chapa encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para disputar a Presidência da República nas eleições de outubro.

Ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB) será o candidato a vice-presidente na chapa. Esta será a sexta vez que Lula disputará a Presidência da República. Ele venceu duas disputas (2002 e 2006) e perdeu três (1989, 1994 e 1998). Agora, o petista lidera as pesquisas de intenção de voto sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-presidente conta com uma coligação formada por sete partidos. Além do PT, compõem a aliança PSB, PCdoB, PV, Rede, PSOL e Solidariedade. Lula também conta com apoios de alas do MDB e flerta com membros históricos do PSDB, ex-partido de Alckmin e sigla adversária do PT em sete eleições presidenciais.

A convenção não contou com a presença de Lula e Alckmin, que estavam no Recife para participar de ato de campanha. O evento paulista tem caráter protocolar e conta com a presença apenas de membros da direção do PT.

A convenção consagra uma chapa formada por dois ex-adversários históricos. Um dos fundadores do PSDB, Alckmin foi governador de São Paulo quatro vezes, além de ter sido candidato à Presidência em duas eleições. Na primeira, em 2006, enfrentou Lula e foi derrotado pelo então presidente no segundo turno.

Em 2002, quando venceu para presidente pela primeira vez, Lula teve como vice o empresário José Alencar, em uma estratégia para se aproximar do empresariado, que antes era resistente ao PT. Para 2022, a ideia é ampliar os votos de Lula no estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, e aproximar a candidatura de setores empresariais e do agronegócio, que têm bom trânsito com Geraldo Alckmin.

O ex-governador paulista e Lula têm alegado que, diante de ameaças do presidente Jair Bolsonaro (PL) às eleições e à democracia, “o momento é de unir forças democráticas” para evitar uma reeleição do atual chefe do Executivo.