PT, PV, Rede e União Brasil vão denunciar Bolsonaro ao TSE por atos no 7 de Setembro

Mário Flávio - 07.09.2022 às 18:04h

As executivas nacionais de PT, PV, Rede e União Brasil vão ingressar com ações no TSE por abuso de poder político e econômico contra Jair Bolsonaro após o presidente da República ter utilizado os atos de 7 de Setembro como palanques eleitorais. As informações são do Antagonista.

Como adiantamos mais cedo, esses partidos questionam aspectos com o uso da TV Brasil na propagação de discursos de campanha e o desvirtuamento do caráter cívico dos desfiles de 7 de Setembro ao promover bandeiras ou ações do atual governo.

Em Brasília, por exemplo, houve desfile de tratores, de escolas militares recém instituídas e de defensores do projeto de educação domiciliar – homeschooling.

“Bolsonaro fez uso indiscutível de um evento oficial para discursar como candidato. Há abuso de poder econômico e político acachapante, com o uso de recursos públicos, de uma grande estrutura pública, para fazer campanha”, afirmam os advogados petistas Eugênio Aragão e Cristiano Zanin Martins.

“As nossas bandeiras, símbolos, hinos, não pertencem a uma facção! Tenho fé inabalável de que recuperaremos o nosso país e derrotaremos os criminosos que tentam usurpar a nossa história”, acrescentou o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

“Portanto, sim, é imperioso que coloquemos as coisas no seu devido lugar no Brasil. Bolsonaro estava lá como, afinal? Como militar, como presidente? Era o candidato? Era o marido da primeira-dama? O que parece é que Bolsonaro se travestiu de presidente para se valer em discurso como candidato. Foi abuso de tudo. Fere a democracia e fere a paridade dentro de uma campanha. Chega a ser injusto, imoral, ilegal, desleal, além de irresponsável”, diz Soraya Thronicke, candidata à Presidência pela União Brasil.

“Bolsonaro transformou o 7 de Setembro dos 200 anos da independência no mais desavergonhado comício eleitoral já feito neste país”, acrescentou o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, pelo Twitter.