O senador Armando Monteiro (PTB) mostrou-se preocupado com os resultados das contas externas do País que, em 2012, registrou queda de 35% no superávit comercial sobre igual período do ano anterior. O resultado disso foi uma redução de 10 bilhões de dólares. Não bastassem os resultados negativos do ano, os primeiros meses de 2013 mostram tendência semelhante de retração.
Isso pode ser visto nos resultados verificados nos primeiros três meses deste ano, quando o país já acumula um déficit de 5 bilhões de dólares, o maior já registrado no período desde 2001, observou Armando, durante pronunciamento no Plenário do Senado, nesta segunda-feira (29), à noite. Segundo o senador, fatores conjunturais e estruturais explicam a piora nas contas externas. De um lado, o fraco desempenho das vendas das exportações pode ser explicado pelo redirecionamento das vendas de petróleo bruto para o mercado interno, de outro, as restrições impostas pelo governo da Argentina às compras externas ainda não foram flexibilizadas – fatores que afetam e, muito, as exportações brasileiras.
Além disso, a estabilidade da taxa de câmbio, resultado combinado ao mercado de trabalho ainda aquecido dão suporte ao aumento das importações. Mas Armando chama atenção para antigos problemas que impactam na competitividade das exportações e cita a carga tributária elevada e a legislação de impostos complexa, como principais fatores. Aliado a isso, destaca o excesso de burocracia, as deficiências de infraestrutura, além do alto custo da mão de obra, devido às leis trabalhistas “anacrônicas”.