Raquel Lyra sofreu derrota significativa e precisa reorganizar estratégia para 2020

Mário Flávio - 08.10.2018 às 00:46h

Uma derrota significativa na eleição de 2018 que poderá ter reflexos para o próximo pleito em 2020. Ao ser eleita a prefeita de Caruaru escolheu por montar um time novo e aplicar um estilo próprio de governo.

Saiu às turras com Tony Gel após uma eleição dura e um segundo turno marcado pela dureza de uma campanha. Decidiu romper com o ex-prefeito Zé Queiroz, de quem recebeu apoio e com o deputado federal Wolney Queiroz.

Nunca teve uma boa relação com o Delegado Lessa, que sempre reclamou de como a campanha da tucana agiu no pleito de 2016. Em resumo, empurrou todo mundo para a oposição e ainda tem uma relação difícil com o governador Paulo Câmara.

Com toda essa situação ela ainda decidiu bancar apoio ao projeto de oposição ao governo e criou o slogan de “melhor para Caruaru”, fez reuniões e fez duras críticas os já citados e acrescento ainda a deputada Laura Gomes.

Escolheu apoiar Daniel Coelho e Priscila Krause, numa aposta arriscada, garantindo que ambos vão representar a cidade na Assembleia e Congresso. A população não entendeu bem a proposta e o resultado das urnas mostrou isso.

Priscila Krause teve pouco mais de 7 mil votos e Daniel Coelho pouco mais de 9 mil. Os dois se reelegeram, mas a baixa votação mostra que os votos ficaram restritos a um pequeno grupo.

Derrotas com os candidatos ao Senado, de políticos que batiam ponto em Caruaru toda semana. Mendonça e Bruno Araujo vieram diversas vezes na cidade quando eram ministros. O candidato Geraldo Alckmin obteve pouco mais de 5 mil votos, bem abaixo do esperado.

A vitória de Armando Monteiro sobre Paulo Câmara em Caruaru poderia ser um alento, mas é mais pela rejeição ao modelo de governo dele do que pela oposição de Raquel.

Além das derrotas, adversários da tucana obtiveram triunfos. Tony Gel foi mais um vez o mais votado na cidade, Zé Queiroz voltará a ter mandato e Lessa conseguiu chegar na Assembleia. Sem falar na reeleição de Paulo Câmara no primeiro turno. Foi um domingo para ser esquecido pela prefeita que ainda tem uma gestão que precisa comunicar melhor e reajustar as forças para manter um grupo político forte. A conferir.