
Pátio Nossa Senhora do Carmo, localizado no bairro de Santo Antônio, em frente à Basílica do Carmo, no Recife, recebeu nessa quarta-feira (10) o projeto Justiça Itinerante. A ação, coordenada pelo Núcleo de Conciliação (Nupemec) do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), faz parte da agenda especial criada pelo Núcleo em comemoração aos 200 anos da instituição e ofereceu serviços sociais à população.
A abertura da iniciativa, que tem o objetivo de aproximar a população do Poder Judiciário e facilitar o exercício da cidadania, foi feita na Basílica do Carmo e contou com a presença da Orquestra Criança Cidadã, que tocou canções como My Way e Lamento Sertanejo, além de um pout-pourri de xotes.
No evento, o coordenador do Nupemec, desembargador Erik Simões, falou da alegria de promover a atividade, juntamente com os parceiros, e citou a ação feita no mesmo local no ano de 2019, quando foram atendidas mais de mil pessoas. “Eu quero falar sobre a minha alegria de, na comemoração dos 200 anos do Tribunal de Justiça, iniciar com esta ação de cidadania. Eu não tinha ideia de como oferecer o serviço de corte de cabelo e manicure era indispensável. Aqui, em 2019, eu vi pessoas que moram na rua sendo beneficiadas com isso. Isto me deixou muito emocionado”, disse o desembargador ressaltando que o foco do Judiciário é levar cidadania às pessoas que precisam e aproximar a instituição da população.
Após o discurso do coordenador do Nupemec, o Frei Rosenildo Alexandre, reitor da Basílica do Carmo proferiu algumas palavras e lembrou do primeiro magistrado a ser beatificado, Rosario Livatino, conhecido pela coerência entre a sua fé e o seu compromisso de trabalho e por ter transformado sua fé em prática de justiça. “O seu trabalho era voltado para fazer o bem ao próximo. Da mesma forma, hoje, através dessa ação de cidadania, conciliação e acessibilidade estamos fazendo o bem, de modo particular, aos que mais necessitam”, disse.
O 1º vice-presidente do TJPE, desembargador Antenor Cardoso Soares Júnior, representou o presidente da instituição, desembargador Luiz Carlos Figueirêdo, e destacou a importância de olhar e promover cidadania para as pessoas menos favorecidas. “Como disse o padre na missa, o pobre, o preto e o drogado são um tesouro para a igreja. Eles são o nosso tesouro também. Deus se agrada quando você dá com alegria e é isto que eu vejo aqui. Eu acho muito importante que esta celebração de 200 anos do Tribunal se inicie com esse trabalho de cidadania, prestando assistência a esse tesouro que está lá fora, muitas vezes sem ter nenhuma assistência, sem ter nada”, afirmou o desembargador.