Eles trabalham na Sementeira Trindade, em Casa Amarela, no serviço de plantio em parques, praças e calçadas. O trabalho de educação ambiental anda junto ao de ressocialização no programa de empregabilidade do Patronato Penitenciário, órgão da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH). O resultado desta parceria são as 1.194 mudas, de várias espécies, plantadas, só este ano, em parques, praças e calçadas do Recife por reeducandos do regime aberto.
O grupo de 10 apenados trabalha na Sementeira Trindade, através de convênio do Patronato Penitenciário com a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb). Na área com um hectare e meio, eles cultivam uma média de 30 espécies de plantas, entre elas, ipê roxo, craibeira, pau de jangada, pata de vaca, amendoeiras, acácias branca, palmeiras, ubaia, saboneteira, felício, mororo, entre outras. Também realizam limpeza, capinação e remoção de ervas daninhas nas plantas.
Os reeducandos recebem orientação de agrônomos, e em seguida colocam as mãos na terra, para jardinar, limpar e regar as mudas. “É uma oportunidade de enxergar a vida de uma forma diferente, uma atividade laborativa gratificante que ajuda na reintegração à vida em liberdade e contribui com a arborização urbana”, ressalta o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.
Pelo serviço o grupo é remunerado com um salário mínimo (R$ 998,00), alimentação e transporte. A.R.H. se identifica muito com a área de jardinagem. “Aprendi como plantar, os nomes de plantas, fazemos plantio de ipê roxo, palmeira imperial e outras espécies no Recife inteiro. As pessoas ligam e aí marcam o dia para realizar o plantio”, explica.
O manuseio com plantas também é feito pelos reeducandos que trabalham no Sítio da Trindade, através do plantio, limpeza, corte de grama, retirada do lixo, jardinagem, e manutenção da sementeira de plantas medicinais.