Em resposta a uma “questão de ordem” suscitada na Câmara Federal pelo líder do DEM, Mendonça Filho (PE), o presidente Eduardo Cunha respondeu que o rito regimental para tramitação dos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff cabe unicamente a ele e a mais ninguém.

Cunha disse também que na próxima semana iniciará o processo de análise dos 13 pedidos de impeachment que tramitam na Casa. Caso algum dos pedidos seja aceito, na sessão seguinte o presidente é obrigado a realizar a leitura em plenário. Depois da leitura, os partidos têm 24 horas para indicar os membros da comissão especial que analisará o pedido e 48 horas para eleger e instalar o grupo.

O rito definido por Eduardo Cunha foi recebido com protesto por partidos de oposição. Isso porque ele deixou em aberto se Dilma poderia ser processada, ou não, por crime de responsabilidade por atos praticados no mandato anterior.

O deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) disse que a resposta não era séria porque a economia brasileira está em frangalhos e não poderia esperar. E o deputado Sílvio Costa (PSC-PE) declarou que instalar um debate na Casa sobre o impeachment era trabalhar contra o país. “Bandido tem no PT e também nos partidos de oposição”, disse o deputado pernambucano.