Rodrigo Pacheco, candidato de Bolsonaro, é o novo presidente do Senado

Mário Flávio - 01.02.2021 às 18:58h

Terminou a eleição para o biênio do senado federal. Com 57 votos o senador Rodrigo Pacheco (DEM) foi eleito presidente do Senado. A senadora Simone Tebet teve apenas 21 votos e ficou na segunda posição.

Biografia – Formação, atividade profissional e associativaEm Passos, estudou na Escola Estadual Wenceslau Braz e no Colégio Imaculada Conceição. Ainda muito jovem, mudou-se para Belo Horizonte, onde continuou seus estudos e iniciou sua carreira.Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) no ano de 2000, especializou-se em direito penal econômico pelo Instituto Brasileiro de Ciências Econômicas Criminais (IBCCRIM), e atuou como advogado criminalista.

Foi sócio do advogado Maurício de Oliveira Campos Junior num escritório várias vezes listado entre os mais admirados da área, que atuou em processos como os do Mensalão.

Pacheco se desligou do escritório em 2016, foi defensor dativo da Justiça Federal, membro do Conselho de Criminologia e Política Criminal do Estado de Minas Gerais, auditor do Tribunal de Justiça Desportiva, além de professor universitário.Na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Rodrigo Pacheco foi conselheiro seccional por dois mandatos e presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas dos Advogados. Em 2012, foi eleito Conselheiro Federal da OAB por Minas Gerais, sendo o mais jovem advogado a integrar o Conselho, defendendo a atuação da Ordem no sentido de inibir a corrupção na política e promover eleições limpas. No Conselho Federal, foi também presidente da Comissão Nacional de Apoio aos Advogados em Início de Carreira.Carreira políticaFoi eleito deputado federal em 2014, para a 55.ª legislatura (2015-2019), pelo PMDB, com 92.743 votos.

Em seu primeiro mandato, passou a coordenar a bancada do PMDB, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde se tornou primeiro vice-presidente e depois presidente.Votou no Processo de impeachment de Dilma Rousseff. Em 2016, disputou a Prefeitura de Belo Horizonte, ficando em terceiro lugar com 118.772 votos. Foi favorável à PEC do Teto dos Gastos Públicos.[9]Em 23 de março de 2017, foi eleito presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados do Brasil, onde validou as assinaturas das “Dez Medidas Contra a Corrupção”, reconhecendo que a proposta atendia os requisitos necessários para um projeto de iniciativa popular, o que permitiu com que tramitasse na Câmara.

Em abril de 2017, votou na Reforma Trabalhista. Presidiu a sessão na CCJ que recomendou a continuidade do processo contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva, no entanto, na votação em plenário, se absteve, justificando a abstenção com o fato de ter presidido a sessão e se baseando na imparcialidade.Em 2017, Rodrigo Pacheco, exercendo a função de Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, articulou para que as duas denúncias por crimes de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da justiça, apresentadas pela Procuradoria-Geral da República contra o Presidente Michel Temer, pertencente ao seu partido, qual seja, o PMDB, fossem rejeitadas/arquivadas. No Plenário da Câmara dos Deputados, Pacheco optou por se abster nas votações ocorridas em 2 de agosto de 2017 e 25 de outubro de 2017.

Em 2018, deixando o atual MDB, filiou-se ao Democratas, como pré-candidato ao governo de Minas. Contudo, no meio do caminho, sua candidatura foi abortada. Assim, Pacheco se candidatou ao cargo de Senador da República por Minas Gerais, sendo eleito na primeira colocação.Em junho de 2019, votou contra o Decreto das Armas do governo, que flexibilizava porte e posse para o cidadão.

Em janeiro de 2021, foi indicado pelo seu partido para disputar a Presidência do Senado.