Do Poder 360
O Senado dos EUA rejeitou o 2º processo de impeachment do ex-presidente Donald Trump. O pedido havia sido motivado pelas declarações do ex-presidente no dia da invasão ao Capitólio, sede do Congresso norte-americano. Opositores consideravam que ele incitou o ato, que deixou 5 pessoas mortas e colocou em risco congressistas.
Eram necessários ao menos 2/3 dos votos do Senado (67 de 100 senadores) para condenar Trump. Foram 57 a favor do impedimento contra 43 pela rejeição. A Casa Alta norte-americana é composta por 50 democratas (incluindo 2 senadores independentes que votam com o partido) e 50 republicanos.
Depois do resultado, o presidente norte-americano afirmou que “nenhum presidente jamais passou por algo semelhante, e continua porque nossos oponentes não conseguem esquecer os quase 75 milhões de pessoas, o maior número de todos os tempos para um presidente em exercício, que votou em nós há poucos meses”.
“Nosso movimento histórico, patriótico e belo para Make America Great Again está apenas começando. Nos próximos meses, tenho muito a compartilhar com vocês e estou ansioso para continuar nossa incrível jornada juntos para alcançar a grandeza americana para todo o nosso povo”, completou via assessoria de imprensa.
A presidente é Kamala Harris, vice do atual presidente dos EUA, Joe Biden. Caso fosse condenado, uma votação em separado poderia tornar Trump inelegível –ou seja, ele não poderia disputar a próxima eleição presidencial, em 2024.
Eis os 7 senadores republicanos que votaram pelo impeachment de Trump: Mitt Romney (Utah), Richard Burr(Carolina do Norte), Susan Collins(Maine), Bill Cassidy (Louisiana), Lisa Murkowski (Alaska), Ben Sasse(Nebraska) e Pat Toomey (Pensilvânia).
O pedido havia sido aprovado pela Câmara dos Representantes em 13 de janeiro. O placar final pró-impeachment foi de 232 a 197, com 4 abstenções de republicanos. Os 222 deputados democratas foram a favor da abertura do processo. Entre os 211 republicanos, 10 apoiaram o impeachment.
Trump é o 1º presidente na história dos Estados Unidos a ter 2 processos de impeachment abertos. Em dezembro de 2019, o republicano foi a julgamento uma vez na Câmara, controlada pelos democratas, por pressionar o presidente da Ucrânia a investigar Joe Biden e seus filhos, na época seu provável adversário nas eleições presidenciais de 2020. O então presidente, porém, foi absolvido pelo Senado, de maioria republicana na época.