
Senadores criticaram a proposta de líderes da Câmara de se ter mais deputados federais em comissões mistas que analisam Medidas Provisórias. Atualmente compostas por 12 senadores e 12 deputados federais, estes querem que haja a proporcionalidade de 3 deputados a cada senador. Portanto, 36 deputados e 12 senadores, por exemplo.
A ideia é uma das mudanças sugeridas pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes da Casa em meio ao impasse da tramitação das Medidas Provisórias. No entanto, não foi bem recebida no Senado.
Sob reserva, um líder partidário do Senado afirmou que, na prática, “é aumentar o número de deputados e diminuir a de senadores”. Outro líder afirmou que a questão está “fora de cogitação” e que sua mera formulação “não tem cabimento”.
Segundo ele, as lideranças devem rechaçar a proposta em reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que se reuniu nesta terça com Lira. Um terceiro líder falou que vai esperar ouvir a opinião de colegas, mas ser pessoalmente contra a mudança.
Outro senador disse que não se deve mudar um modelo que funciona regularmente há mais de 20 anos para “atender caprichos e egos” de determinados políticos.
A jornalistas, Pacheco falou que o assunto será debatido em reunião de líderes prevista para quinta (30) de manhã. Mas indicou se opor a mais deputados nas comissões mistas de MPs e ver “dificuldades” considerando a paridade qualitativa entre as Casas.
“Eu sempre avaliei essa composição desequilibrada de mais deputados e menos senadores numa comissão mista do Congresso Nacional com muita reserva”, declarou