Depois de ficar calado durante um depoimento na sede da Polícia Federal na tarde de quarta-feira (18/10), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu à noite na festa do lançamento de uma frente parlamentar organizada pelo deputado Zé Trovão (PL-SC), que até maio deste ano era obrigado a usar tornozeleira eletrônica, imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No evento, Bolsonaro reencontrou antigos aliados e sentou-se na mesa principal, ao lado de Trovão e também da cantora Sula Miranda, conhecida como a “rainha dos caminhoneiros”. O deputado lançou duas frentes: a das Cooperativas de Transportes Rodoviários e de Cargas e a da Defesa do Caminhoneiro Autônomo.
Em seu discurso, com duração de seis minutos, Bolsonaro elogiou seu governo e atacou a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente afirmou ser considerado pelos caminhoneiros o “ex-(presidente) mais querido”, e listou ações que adotou e que entende terem beneficiado esse setor, como o aumento de 20 pontos para 40 pontos no limite para um motorista perder a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), lei que sancionou no final de 2020.
Bolsonaro também atacou a política externa de Lula e a atuação do governo na crise no Oriente Médio. E elogiou seu governo nas relações exteriores. “Fizemos um bom trabalho na questão da política externa. O Brasil está passando mais um vexame. Olhem o papel do Itamaraty em Israel. Somos muito solidário com aquele Estado. O grande mal do povo brasileiro é achar que o que acontece lá fora nunca acontecerá conosco. Se queremos paz, oportunidade, progresso e liberdade, temos que nos cuidar”, disse Bolsonaro, para uma plateia de parlamentares e de convidados ligados aos caminhoneiros.
