Suape promove rodas de diálogo para reforçar combate à violência contra a mulher

Jorge Brandão - 16.08.2022 às 14:25h
Foto: Divulgação

O Complexo Industrial Portuário de Suape abraça, mais uma vez, o Agosto Lilás, movimento nacional para reforçar a conscientização da população em relação ao combate à violência contra as mulheres. A ação foi criada para difundir a Lei Maria da Penha, que está completando 16 anos. Com o propósito de fortalecer a iniciativa, ao longo do mês, a empresa promoverá rodas de diálogo para debater o tema. As conversas serão realizadas nesta quarta (17) e quinta-feira (18), e no dia 31, em parceria com a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho.

As rodas de diálogo serão realizadas a partir das 14h, na Estação Compartilhar – Unidade Massangana, localizada na comunidade homônima. Já no dia 31, o debate será às 10h, no Assentamento Bruno Maranhão, localizado no Engenho Sacambu, na área rural do município. As conversas serão mediadas pela secretária-executiva da Mulher do Cabo de Santo Agostinho, Walkiria Ferreira.

Com o tema “16 anos da Lei Maria da Penha: a importância do acolhimento e assistência à mulher”, a mobilização social vai reforçar a importância de se denunciar as agressões e difundir à rede de apoio disponível às mulheres. “Infelizmente, essa problemática é uma realidade enfrentada por muitas mulheres, que, por medo ou falta de suporte emocional, acabam se calando. Mas estamos aqui para lembrar que elas não estão sozinhas e que a proteção é tarefa de toda a sociedade,” pontua a coordenadora de Assistência Social de Suape, Líbia Paixão.

Para Líbia, ações como essas caracterizam a estatal portuária como uma empresa consciente de sua responsabilidade social, levando a pauta da violência doméstica para as comunidades inseridas no complexo industrial portuário. Em 2021, a empresa também promoveu ações em torno do Agosto Lilás na Nova Vila Claudete, entre rodas de diálogo e uma passeata pelas ruas da comunidade.

A escolha do mês de agosto tem relação com a data da sanção da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, que completou 16 anos no último dia 7. De acordo com o balanço da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), entre janeiro e junho deste ano, foram registrados 39 feminicídios no Estado. O número é 27,8% menor em relação ao primeiro semestre de 2021, quando 54 mulheres foram assassinadas em Pernambuco. No primeiro semestre deste ano, 19.889 mulheres procuraram as delegacias estaduais para prestar queixas de algum tipo de violência doméstica (como ameaça ou agressão). Em média, cinco boletins de ocorrência foram registrados por hora. “Devido a essa realidade, faz-se necessário o debate de forma contínua, para que as mulheres possam conhecer cada vez mais seus direitos e onde buscar auxílio”, enfatiza Líbia Paixão.