Do g1
A Organização Mundial Meteorológica (OMM) afirmou, nesta quarta-feira (17), que as temperaturas globais devem bater taxas recordes nos próximos cinco anos por causa dos gases que causam o efeito estufa e do fenômeno El Niño.
O novo relatório divulgado pela agência da ONU afirma que:
- Há uma probabilidade de 66% de a média anual de aquecimento ultrapassar 1,5°C entre 2023 e 2027.
- 1,5ºC é considerado o “limite seguro” das mudanças climáticas.
- Esse é o limiar de aumento da taxa média de temperatura global estipulado para até o final do século a fim de evitar as consequências da crise climática provocada pelo homem em razão da crescente emissão de gases de efeito estufa na atmosfera.
- A taxa é medida em referência aos níveis pré-industriais, a partir de quando as emissões de poluentes passaram a afetar significativamente o clima global.
- Em 2022, a temperatura média global já foi de 1,15°C acima da era pré-industrial.
- Mais calor: A previsão é que um dos próximos cinco anos seja o mais quente desde o início dos registros.
- El Niño: o fenômeno terá grande influência nesse processo e levará as temperaturas globais para “patamares desconhecidos”.
- Impacto na Amazônia: Os próximos anos terão anomalias nos regimes de chuvas em vários pontos do mundo, inclusive na região amazônica, no norte do Brasil, onde a previsão é de que chova menos.
“Provavelmente, não será este ano. Talvez seja no próximo ano ou no ano seguinte”, disse o principal autor do relatório, Leon Hermanson, cientista climático do Met Office do Reino Unido, sobre quando deve haver aumento médio de 1,5ºC.
O relatório da OMM é baseado em cálculos de 11 diferentes centros de ciência do clima em todo o mundo.