Cristina Kirchner foi condenada a 6 anos de prisão e era acusada de liderar uma “extraordinária matriz de corrupção”, armando e administrando um esquema de desvios de verbas públicas. Na sentença, ela foi declarada culpada pelas fraudes ocorridas entre 2007 e 2015.
Basicamente, a Procuradoria concluiu que Kirchner e vários ex-funcionários de seu governo desviaram recursos de contratos milionários para financiar mais de 50 obras rodoviárias superfaturadas e desnecessárias.
Mas por que ela não será presa? Devido ao seu cargo, Kirchner tem a mesma imunidade legal do presidente, o que a protege de sofrer um processo criminal. Na prática, ela só pode ir para a prisão caso seja afastada por impeachment.
Ainda assim, isso só poderia acontecer depois de esgotadas todas as instâncias de apelação, sendo a Corte Suprema a última delas — como o STF aqui no Brasil.
Após o anúncio da sentença, apoiadores da vice-presidente protestaram no Tribunal em Buenos Aires. A reação do público, inclusive, mostrou que Cristina continua sendo capaz de mobilizar multidões.
Em uma live, ela afirmou que a condenação é inconstitucional e faz parte de uma “perseguição contra ela e o projeto político que representa”.
Numa entrevista, Cristina comparou a sua situação à do presidente Lula. Nas palavras dela, os dois seriam “vítimas de perseguições por motivos políticos”. Gleisi Hoffman, do PT, inclusive, demonstrou apoio à vice-presidente no Twitter.
