A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou ontem a suspensão por três meses, a partir de segunda-feira, de 225 planos de saúde, de 28 operadoras – sendo 19 reincidentes. O motivo foi o descumprimento dos prazos máximos para marcação de consultas, exames e cirurgias. Durante o período estabelecido pela ANS, os convênios, que têm 1,9 milhão de pessoas em suas carteiras, ou 4% dos beneficiários de operadoras médico-hospitalares no Brasil, não poderão aceitar novos clientes.
Das 28 operadoras, 16 estão em processo para entrar no regime de direção técnica por terem descumprido os critérios estabelecidos pela ANS, de forma reincidente, ao longo dos quatro períodos de monitoramento feitos pela agência desde dezembro de 2011. Se, em 15 dias, elas não apresentarem um plano de recuperação aprovado pelo governo, a ANS nomeará um técnico para acompanhar de perto a reestruturação. Se, depois de seis meses, esses planos não melhorarem o atendimento, eles poderão sofrer outras penalidades, como venda da carteira e liquidação do convênio. O governo nega, mas é uma espécie de intervenção.