Por orientação de seus advogados, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, permaneceu em silêncio durante seu depoimento à Polícia Federal (PL), nessa quarta-feira (18). Um novo pedido de depoimento está sendo expedido pela PF e deve acontecer na próxima segunda-feira (23).
Dois delegados e um escrivão da PF fizeram uma oitiva que durou cerca de uma hora com Torres. Dentre os questionamentos, perguntaram a Torres se, no dia das invasões e depredações aos prédios da Praça dos Três Poderes, ele teria feito contato com o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e com o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o advogado do ex-secretário, Rodrigo Roca, o silêncio estratégico foi devido à falta de informações. Até o momento, a defesa só teria acesso aos autos de apenas um dos três inquéritos que envolvem Torres.
Após o depoimento, o advogado retornou ao batalhão da Polícia Militar onde o ex-ministro está preso desde sábado (14).
Roca saiu do local cerca de duas horas depois e não falou com a imprensa.