Armando: “Você nomeia secretário, mas ninguém nomeia governador”

Mário Flávio - 24.02.2014 às 15:10h

20140224-151022.jpg

Pré-candidato a governador, o senador Armando Monteiro (PTB) tem certeza de que o fundamental no debate eleitoral no Estado, em 14, é discutir os desafios do desenvolvimento de Pernambuco nos próximos anos. “Precisamos olhar para o futuro do nosso Estado, ter um debate sobre os problemas, os desafios e as potencialidades”, afirmou Armando, durante entrevista ao programa de Geraldo Freire, na Rádio Jornal, no Recife, nesta segunda-feira (24).

Experiência política x perfil técnico

“Eu acho esse debate precário. Acho que você tem aí um debate sobre Pernambuco, sobre os problemas, os desafios, as potencialidades, olhando para o futuro de Pernambuco. Evidentemente que aquele candidato que tem experiência politica, que já tem uma visão do processo politico e que ao mesmo tempo valoriza o processo técnico, porque hoje as escolhas, as decisões políticas têm que ser informadas tecnicamente, portanto, o fundamental nesse processo é que se possa aliar experiência, capacidade de articulação e um sentido de direção. Porque o político é aquele que sabe, em determinadas circunstâncias, definir prioridades e aliar a essa experiência sensibilidade. E acho ainda que há uma questão também muito importante, que é a capacidade de caminhar com as próprias pernas, ter um sentido de independência que é tão importante e algo tão caro a Pernambuco”.

POSTE – “Não, eu não digo isso. Eu tenho respeito pelas pessoas e esse processo que culminou com a indicação é um processo que foi acompanhado por vocês, que, em última instância, indicou que não havia uma candidatura natural nesse campo. Tanto que se assistiu a um processo curioso em que havia exposição de nomes, frituras, vetos. Mas isso não importa! O que importa é que ao final essa escolha foi definida e, a partir de agora, definidas as pré-candidaturas e confirmadas nas convenções, esse crivo muda. Não é mais um grupo fechado, não é mais um processo que se dá dentro de um grupo. Aí, sim, nós temos que ter um crivo da opinião pública, porque é ela que vai efetivamente fazer um julgamento da habilitação do candidato. Portanto, aí, esse outro campo, é um campo essencialmente democrático. E aí só o debate, o contraditório, a discussão das questões de Pernambuco é que ao final vão orientar esse processo. Eu quero dizer é que você nomeia secretário, mas ninguém nomeia governador. Governador quem elege é o povo”.