Augusto Coutinho debate crise do setor vestuário no Brasil

Mário Flávio - 23.04.2014 às 11:12h

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A indústria de vestuário teve queda significativa no volume de produção nos últimos meses, segundo o Sindivestuário (que reúne as entidades industriais de roupas e confecções). Apenas no período de janeiro a outubro de 2013 o setor teve retração de 10,63% e atribui o declínio na produção ao aumento da entrada de importados no País. Para debater esse assunto, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC) da Câmara dos Deputados promoverá audiência pública, nesta quinta-feira (24), às 9h30 com o tema: “Debater a Desindustrialização na Indústria Nacional de Vestuário”. O evento acontece no Anexo II, Plenário 05, por meio de iniciativa do presidente do CDEIC, deputado federal Augusto Coutinho (Solidariedade-PE).

A indústria de vestuário é a segunda que mais emprega no País, ficando atrás apenas da construção civil, segundo o sindicato do setor. No ano passado, o avanço das importações levou ao fechamento da única fábrica de fibra de viscose das Américas, a unidade de Americana (SP) da Vicunha – considerado um dos mais tradicionais grupos têxteis do Brasil. Com o fim da empresa, 300 funcionários foram demitidos, em mais um episódio que ilustra a crise do setor. Depois das confecções e tecelagens, foi a vez de os fornecedores de matéria-prima serem prejudicados pela concorrência externa.

Foram convidados para a audiência pública: Departamento de Indústrias Intensivas em Mão de Obra do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC; Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da Primeira Região Fiscal – RF; Federação Nacional das Indústrias do Estado do Espírito Santo – FINDES; Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria – CNTI; Superintendência da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção – ABIT; Associação Brasileira do Vestuário – ABRAVEST; Central Única dos Trabalhadores – CUT; Sindicato dos Têxteis de São Paulo e do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de São Paulo, Caieiras e Mairiporã (representando a Força Sindical) e União Geral dos Trabalhadores – UGT.