Apesar da orientação do ex-presidente Jair Bolsonaro para que as manifestações da direita se concentrem na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, um pequeno grupo de bolsonaristas de Caruaru decidiu manter um ato local contra o presidente Lula e a favor da anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro. A manifestação está marcada para o dia 16 de março, às 15h, em frente ao Tiro de Guerra.
A decisão de insistir na manifestação vai na contramão da estratégia nacional definida por Bolsonaro, que em encontros recentes deixou claro que deseja um grande ato unificado no Rio de Janeiro, e não eventos descentralizados e esvaziados pelo país. O próprio vereador Silvio Nascimento (PL), aliado do ex-presidente, declarou publicamente ao lado de Bolsonaro que seguirá essa diretriz, o que torna ainda mais curiosa a persistência do grupo de Caruaru.
As manifestações da direita na cidade costumam ser pouco expressivas, reunindo menos de 100 pessoas e com baixo engajamento, tornando improvável que o ato ganhe qualquer relevância política ou midiática. A insistência em um evento local isolado, contrariando a orientação do ex-presidente, reforça a falta de organização e unidade entre os bolsonaristas na região.
Dessa forma, enquanto Bolsonaro busca concentrar forças em um único grande evento, os apoiadores de Caruaru parecem preferir insistir em um ato que, pelo histórico recente, tem tudo para ser apenas mais um fracasso de público e repercussão. A conferir.
