Da Folha
Inconformado com a pré-candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio, o PMDB no estado passou a dar sinais contraditórios à presidente Dilma Rousseff. Nesta sexta-feira, um dia depois de se reunir com a presidente no Palácio da Alvorada, o governador Sérgio Cabral (PMDB, foto abaixo) afirmou que o partido estará com Dilma na eleição de outubro. Por outro lado, o presidente estadual da sigla, Jorge Picciani, e outros parlamentares peemedebistas continuam pregando o rompimento da aliança nacional com o PT para apoiar o tucano Aécio Neves à Presidência.
A discordância pública é vista como uma tentativa de o PMDB se fortalecer mais para conseguir sepultar a campanha de Lindbergh. Cabral diz defender a reeleição de Dilma e, assim, diminui a tensão em torno da aliança. Mas não freia os aliados peemedebistas que pedem o apoio a Aécio, e, com isso, ainda fica com margem para negociar a retirada da candidatura de Lindbergh em favor do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).