O Cadastro Positivo é um dos pontos prioritários da agenda econômica do governo federal. O texto base do projeto foi aprovado em maio, mas os deputados ainda precisam votar dez propostas que podem mudar pontos do texto.
O chamado Cadastro Positivo existe desde 2011 no país, mas é opcional e, por isso, teve pouca adesão por parte da população. Agora, a proposta aprovada pelos deputados deve tornar essa adesão automática. O que significa que haverá uma espécie de registro de “bons-pagadores”, exatamente o contrário do conhecido SPC. Instituições financeiras terão um gigantesco banco de dados de todos os consumidores, pessoas físicas e empresas, e farão uma espécie de currículo, um histórico financeiro de cada um.
Segundo dados da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito, apenas em Pernambuco, a perspectiva de injeção na economia local é de R$ 35 bilhões de reais com o Cadastro Positivo. A entidade também estima que cerca de 958 mil novos consumidores seriam beneficiados com a norma. Para o deputado Silvio Costa, do Avante de Pernambuco, o projeto do Cadastro Positivo que está na Câmara segue o modelo de outros países, como Inglaterra e Estados Unidos.
“A Inglaterra, que é um dos melhores países do mundo, na Inglaterra o projeto é exatamente igual a esse. Segundo, nos Estados Unidos, as pessoas sequer têm o direito de sair. Aqui, as pessoas serão cadastradas, e após 60 dias, não querem ficar, vão sair. Não tem nada de imperativo e de antidemocrata”, defende o parlamentar.