Capilé da Palestina defende candidatura própria dos “verdes” a deputado estadual e dá nota 6 ao governo Fábio Aragão

Mário Flávio - 03.08.2021 às 09:01h

Na entrevista desta segunda-feira (02) no Cidade Entrevista o professor Marco Aurélio Freire recebeu o presidente da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe, Capilé da Palestina (PSD). O Vereador tratou de vários temas. Começou a entrevista fazendo um balanço das ações a frente da Câmara, destacando que será realizado pela primeira vez um concurso público na Casa. Além disso, a Câmara fará sessões itinerantes nos bairros da cidade.

Avançando na pauta política, o vereador avaliou que a relação dentro da casa é bem tranquila. Considera que dos 17 vereadores apenas dois lhe fazem oposição. Os “Verdes” têm uma bancada de 5 integrantes. Com isso, fez questão de destacar que o grupo mudou a política de Santa Cruz e que este grupo continua unido e articulando uma candidatura a deputado estadual em 2022.

Na avaliação dele, os Verdes têm alguns nomes para disputar esse cargo: o próprio nome de Capilé, o do ex-candidato a prefeito Alan Carneiro, o empresário Alan César e o vereador Emanoel. Aproveitou e criticou os dois deputados estaduais da cidade (Diogo Morais e Alessandra Vieira).

Capilé considera que, se o eleitor de Santa Cruz polarizar, existirá pouco espaço para candidatos de fora como por exemplo Erick Lessa e William Brigído, que são próximos aos seguimentos de Toyoteiros e evangélicos, porém os eleitores até moram na cidade, mas votam fora, pois os de Santa Cruz devem ficar com os candidatos da terra.

Para o Vereador, o Governo Paulo Câmara tem acertos e erros. Criticou a Compesa e a PE-160 no trecho da Terra da Sulanca até Jataúba. Elogiou a obra da própria PE-160 no trecho duplicado. Disse que Caruaru tem força política e consegue investimentos como na BR 104, mas em Santa Cruz falta união política.

Sobre o Fundo partidário e Eleitoral, se posicionou contra o aumento do fundo para R$ 6 bilhões e criticou duramente o deputado federal Fernando Rodolfo (PL), que segundo ele, quando não era deputado criticou o auxílio alimentação dos vereadores de Santa Cruz de R$ 1.200,00 e na condição de político, aprovou o aumento do fundo, bem como não abdica do uso da verba de gabinete. Para ele, ainda que Bolsonaro vete, este aumento passa.

Por fim, perguntado sobre o número de assessores e verbas na Câmara, relatou que cada vereador tem dois assessores e R$ 1 mil de auxílio de combustível. Esta é a estrutura de apoio dos edis em Santa Cruz.  Sobre o governo de Fábio Aragão, disse que lhe dá nota 6 (numa escala de 1 a 10) e que torce pelo governo dele porque a bancada dos verdes não atrapalha a gestão.

Disse também que não engaveta projetos e que nestes primeiros meses, apesar dele ter pego muitos problemas da gestão de Edson Vieira, Fábio vem demorando muito para agilizar obras como saneamento e outras situações.