Carolina Miranda: “Quero contribuir para elevar o nome de Caruaru”

Mário Flávio - 12.01.2013 às 10:36h

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Reportagem de Wagner Gil publicada no Jornal Vanguarda

Esta semana, VANGUARDA inicia uma série de entrevistas com os secretários municipais convocados por José Queiroz para ajudá-lo na missão de administrar a cidade nos próximos quatro anos. A primeira entrevistada é Carolina Miranda. Esposa do vereador Marcelo Gomes (PSB), ela vai tocar um setor que deixou a desejar na última gestão: o da comunicação.

Jornal VANGUARDA – A senhora é a primeira secretária de Comunicação formada em jornalismo e natural de Caruaru. Como se sente?
Carolina Miranda – Acredito que o convite do prefeito José Queiroz é a prova do reconhecimento ao meu trabalho. Sinto-me lisonjeada e privilegiada em poder trabalhar na área de comunicação, uma grande paixão, e ainda contribuir para elevar o nome da minha cidade.

JV – O fato de ser nora do casal Jorge (vice-prefeito) e Laura Gomes (deputada estadual) facilitou sua indicação ao cargo?
CM – Trabalhei na TV Asa Branca, uma grande escola, onde conheci muita gente e onde contei muitas histórias, todos os dias. Durante cinco anos, estava na casa das pessoas e essa vitrine me consolidou no mercado. A partir dessa experiência, me senti preparada para outros desafios na área de comunicação. A TV ajudou a referendar meu trabalho. Ser nora de Jorge e Laura Gomes muito me orgulha, são as coincidências boas da vida, e para mim não facilita, porque todas as minhas conquistas profissionais sempre vieram acompanhadas de muito trabalho, esforço e dedicação.

JV – Na última gestão do prefeito José Queiroz, uma das principais dificuldades foi a comunicação. O relacionamento com os jornalistas praticamente inexistiu. Como a senhora planeja melhorar isso?
CM – Passei para toda a equipe e reforço todos os dias que nosso papel na Secretaria de Comunicação é servir de ponte entre a imprensa – porta-voz da população- e o poder público. As portas estão sempre abertas para atender os jornalistas da melhor forma possível. Como conheço praticamente todos os profissionais que estão nas redações, espero estabelecer uma relação de muito diálogo e parceria.

JV – Em Caruaru, temos hoje um curso de jornalismo que encontra muitas dificuldades para se manter, principalmente depois da queda do diploma. A senhora pretende montar uma equipe apenas de profissionais formados?
CM – Sim. A não exigência do diploma, na minha opinião, foi um grande equívoco de interpretação do Supremo Tribunal Federal. Todos os profissionais que trabalham na Secretaria de Comunicação são formados ou estão cursando jornalismo.

JV – Estagiários de jornalismo terão vez na sua gestão?
CM – Já temos na nossa equipe cinco estagiários que cursam jornalismo na Favip. Espero que eles aproveitem a oportunidade e que essa experiência incremente o currículo de cada um.

JV – Nas eleições municipais de 2012, José Queiroz (PDT) começou bem atrás de Miriam Lacerda (DEM) nas pesquisas de opinião. Depois do guia eleitoral, ele conseguiu reverter o quadro e vencer com certa folga. A senhora acredita que o profissionalismo da comunicação, através do guia eleitoral, foi fundamental, já que a secretaria não conseguiu levar à população as obras e mudanças impostas pelo prefeito na sua terceira gestão?
CM – A comunicação é peça-chave em uma campanha eleitoral, mas não adianta ter uma comunicação excepcional se o candidato não for bom, se o que é mostrado não for verdadeiro. O guia foi bem-sucedido porque o governo do prefeito José Queiroz conseguiu fazer a diferença na vida dos caruaruenses. O mérito da equipe foi potencializar o espaço na televisão e, com sensibilidade, mostrar as ações do Governo Municipal.

JV – Como a senhora deseja montar a equipe? Cada secretário terá um jornalista à disposição?
CM – Temos mais de 20 pastas, entre secretarias, autarquias e diretorias. Estamos analisando como será a divisão dentro da estrutura da secretaria, mas cada secretário deverá ser acompanhado por uma dupla formada por jornalista e estagiário.

JV – Qual sua expectativa em relação ao mandato de seu esposo, Marcelo Gomes (PSB), na Câmara de Vereadores?
CM – A expectativa é boa porque acredito que Marcelo tem muito a contribuir para a cidade, já que vive a política desde a infância e entende que ela pode ser instrumento de mudança na vida das pessoas.

JV – Atualmente, a senhora é também empresária do setor (dirige a Oficina Comunicação). Vai se afastar da função?
CM – A Oficina Comunicação é uma empresa consolidada e conta com uma equipe de profissionais capaz de tocar o dia a dia, independentemente da minha presença.