Do Poder 360
Partidos ligados ao Centrão, como PL, União Brasil, PP, Republicanos, PSC, Patriota e PTB, discutem formar um bloco para dominar a escolha dos presidentes dos colegiados temáticos em 2023. Seria o chamado Blocão, que também serviria para dar sustentação ao pleito de Arthur Lira (PP) de ser reeleito presidente da Câmara.
A meta do grupo é chegar a 299 deputados, 58% do total. Mas para isso seria necessário atrair o PSD, que ensaia apoio ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sem a sigla, atingiriam 256. Isso é 49% da Casa. Nessas simulações, o bloco do PT (inclui PV e PCdoB) com PSB, PDT, Psol + Rede teria 125 deputados. O Poder360 teve acesso às planilhas que circulam no grupo.
A distribuição das comissões é feita a partir do maior bloco, que faz a 1ª escolha. Então se reduz o tamanho do bloco em 21 (o quociente do número de total de deputados e o número de comissões). Verifica-se novamente qual o maior bloco, que pode ser o mesmo ou outro. Terá a escolha seguinte. E assim sucessivamente.
Pelas contas, se o PSD aderisse ao bloco do Centrão, o grupo do PT teria direito a escolher a 9ª comissão. Sem o PSD no grupo, o PT ficaria com a 7ª. É o que o bloco do Centrão conseguiria na ordem dos 25 colegiados. Historicamente, as duas comissões mais cobiçadas são Constituição e Justiça e Finanças.
Se o PSD aderir ao PT na Câmara, teriam a 6ª comissão. Caso o MDB se junte também, teriam a 4ª. Os dois partidos participam do governo de transição. Se a participação se estender à Câmara, teriam 209 deputados.