Cientista político diz que PSB é favorito para eleição de governador em PE

Mário Flávio - 29.07.2021 às 07:25h

No programa Cidade Entrevista desta quarta-feira (28), Marco Aurélio Freire recebeu o professor e cientista político Gustavo Rocha.

Ele traçou um panorama da polítca atual tanto no cenário nacional, estadual como local. Começou discutindo a questão econômica e como isso afeta a vida das pessoas, alterando o humor da população com os governantes. Isso é mais relevante quando se avalia o governo federal do que com os estaduais ou locais. A própria CPI da Covid no Senado e a posse na casa civil do Senador Ciro Nogueira, liderança do Centrão, são reflexos desse cenário: Pandemia, crise econômica e crise de governabilidade.

Gustavo avalia que os aliados do governo no Senado se ressentiam de não haver nenhum integrante da casa na esplanada dos ministérios. A vinda de Ciro resolve isso. Além disso, com a saída do agora ministro da CPI quem está entrando na CPI como suplente é Flávio Bolsonaro. Isso mostra que o governo está correndo atrás do prejuízo na CPI, após permitir o domínio dos trabalhos pelo chamado grupo dos sete da CPI (oposição e independentes).

No plano estadual, considera que o PSB mantém uma grande estrutura, que inclui muitas prefeituras espalhadas pelo Estado e tudo indica que contará com o apoio do PT, que está mais interessado em construir a candidatura de LULA a presidente, com apoios fortes nos estados. Em contraponto a isso, a oposição tem mais nomes à disposição. Avaliando cada um deles, o professor pensa que no caso de Miguel Coelho, a questão é se será um candidato vinculado ou não ao nome do presidente Bolsonaro e também por qual partido virá, já que o MDB não lhe quer dar espaço. Anderson Ferreira tem base forte na Região Metropolitana e deve constar na chapa, ao menos como candidato ao Senado.

E por sua vez, Raquel Lyra depende de reunir condiçoes de apoio partidário e de apoio nos municípios. Uma vantagem é o desgaste natural do PSB, mas o professor têm ressalvas se a prefeita realmente vai se colocar para a eleição.

Por fim, respondendo aos ouvintes, o professor colocou que esta eleição será muito polarizada por meio de uma personalização. Pois Bolsonaro e Lula tendem a trazer para suas figuras a atenção das pessoas e suas paixões, se comportando como verdadeiras torcidas. Também destacou em outra pergunta que o papel do engajamento dos evangélicos altera o resultado eleitoral, principalmente para as eleições legislativas, mas tudo está dependendo se haverá mudanças ou não nas regras eleitorais.