
Fábio Wajngarten, ex-assessor e advogado de Jair Bolsonaro e um dos principais aliados do ex-presidente, tem se posicionado como uma voz influente dentro do campo da direita. Em recentes declarações, ele defendeu que a estratégia vitoriosa adotada pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, pode ser a chave para o sucesso da direita nas eleições presidenciais de 2026.
Para Wajngarten, a “fórmula de sucesso” de Nunes, que conseguiu se alavancar politicamente através da construção de alianças tanto com partidos de direita quanto de centro-direita, deveria ser seguida por líderes do campo conservador. Ele acredita que a direita precisa se abrir para a formação de uma coalizão ampla, capaz de unir diferentes correntes políticas que, embora divergentes em alguns aspectos, compartilham uma visão comum de gestão pública e desenvolvimento nacional.
A necessidade de coalizões
Em um cenário político cada vez mais fragmentado, Wajngarten é enfático ao afirmar que a direita não pode se isolar. A união com partidos de centro-direita, aqueles que estão à margem da polarização extremada, é essencial para construir uma base sólida de apoio para 2026. Ele também destaca que o ex-presidente Jair Bolsonaro, embora tenha sofrido revezes na última eleição, se apresenta hoje “mais maduro” após dois anos afastado do Palácio do Planalto. Essa maturidade, segundo Wajngarten, pode ser crucial para consolidar uma candidatura forte em 2026, caso ela seja conduzida com cautela e uma ampla base de apoio político.
A crítica à pressa de lançamento de candidaturas
Entretanto, Wajngarten foi claro ao criticar aqueles dentro da direita que já estão se posicionando como candidatos para as eleições presidenciais de 2026. Para ele, a pressa em lançar uma candidatura antes da hora pode ser um erro estratégico. O ex-assessor de Bolsonaro acredita que a disputa precisa ser construída com mais serenidade, sem impulsividade, e que lançar um nome muito cedo pode acabar fragmentando o campo de direita, prejudicando a capacidade de união necessária para vencer no próximo pleito.
Wajngarten sugere que a liderança de Bolsonaro, se bem construída, pode ser retomada com sucesso. Mas, para isso, a prioridade deve ser a ampliação da base política, a busca por novas alianças e uma visão mais ampla da política nacional. Em sua análise, o campo da direita precisa ser mais pragmático e focar em garantir uma candidatura forte, mas apenas no momento certo.
A caminhada para 2026
O futuro da política brasileira e da direita em particular está, sem dúvida, em construção. Para Wajngarten, a chave para o sucesso em 2026 não está apenas na figura de Bolsonaro, mas na capacidade de articular uma aliança sólida e eficaz. O ex-presidente, com seu novo nível de amadurecimento, pode ser o líder de uma frente ampla, mas ele precisa contar com o apoio de outros líderes e partidos para transformar essa potencialidade em uma vitória eleitoral.
A pergunta que fica é: será que a direita será capaz de superar suas divisões e seguir o exemplo de Ricardo Nunes, criando uma coalizão que realmente aponte para um futuro vencedor em 2026? Só o tempo dirá, mas uma coisa é certa: a estratégia de união será fundamental para qualquer projeto político que ambicione a presidência do Brasil. A conferir.