Deputada petista diz que não vai baixar bandeira da democracia

Mário Flávio - 31.08.2016 às 17:59h

Teresa Leitão - ASCOM ALEPE

“A democracia no Brasil sofreu um grande golpe. Uma democracia ainda em construção que já venceu duas ditaduras, uma civil e outra militar, hoje, em pleno processo democrático, se vê em um processo de impeachment inconstitucional”. Estas foram as palavras da deputada estadual e vice-presidente do PT/PE Teresa Leitão, ao avaliar o resultado da votação do impeachment da presidenta Dilma, que aconteceu no início da tarde de hoje.

Teresa disse ainda que “um presidente só pode ser apeado do cargo se ele cometer crime de responsabilidade e que durante todo o processo que envolveu a presidenta Dilma, ficou comprovando, até mesmo pelos acusadores, de que não houve crime de responsabilidade. No entanto, 61 senadores se acharam no direito de deslegitimar mais de 54 milhões de votos democraticamente dados a presidenta da República”.

“Quando eu digo nós, não estou me referindo a mim como aliada, mas a tudo que pode significar esse governo interino, que agora ganha condições de ser permanente. Se hoje ele já retirou direitos, quer entregar o pré-sal e propõe uma reforma da previdência sem discussão com os trabalhadores, imagina se tornando definitivo. Então, não podemos desistir e não vamos baixar as bandeiras. A luta pela democracia é uma luta permanente”, concluiu.

Pronunciamento

Teresa ocupou o plenário da Assembleia na manhã desta quarta-feira (31), quando tratou do julgamento do impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff no Senado.

Candidata à prefeitura de Olinda, Teresa lembrou a importância do voto, para o exercício da democracia, traçando um paralelo com as eleições municipais e as escolhas que os eleitores irão fazer nas urnas. “Estamos disputando a eleição, pedindo votos, apresentando propostas, enfrentando nossos adversários, dentro do jogo da democracia. A lei foi aperfeiçoada em alguns aspectos, e ainda existem questões a serem aperfeiçoadas, mas é a ela que devemos respeito. Estamos pedindo votos para nos eleger e a vontade dos eleitores a partir das suas escolhas, vai valer? Tem que valer”, defendeu.