Em suas passagens pelo Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco nas últimas 48h, para participar de eventos políticos de candidatos do PT, o ex-presidente Lula investiu na tese da “vitimização”. Ele não entra no mérito das acusações que lhe são feitas pelo Ministério Público Federal, tampouco da decisão do juiz Sérgio Moro de aceitar a denúncia contra ele por corrupção e lavagem de dinheiro. Limita-se a dizer que ficou “triste” com o despacho do juiz, que nenhum homem público no Brasil foi mais investigado do que ele, que não fez nada de errado nos seus 8 anos de governo e
que é vítima de perseguição por parte dos procuradores da Lava Jato. É possível que tenha um pouco de razão no que toca à parte dos procuradores, mas não será apenas com frases de efeito que convencerá a opinião de que é inocente. Condenado moralmente ele já está. Mas só escapará da Justiça se sua linha de defesa for noutra direção.
Não será posando de “vítima” que o ex-presidente Lula escapará da caneta do juiz Sérgio Moro.