Ditador Maduro diz que sistema eleitoral brasileiro não é auditável

Mário Flávio - 24.07.2024 às 11:14h

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse, nesta terça-feira (23), que as eleições brasileiras não são auditadas. “No Brasil, nem um único boletim de urna é auditado”, afirmou a uma multidão nessa terça-feira (23), em comício.

Maduro, que governa a Venezuela desde 2013, reclamou de críticas e suspeitas sobre o processo eleitoral na Venezuela. Afirmou que o país tem o melhor sistema eleitoral “do mundo”, com 16 processos auditáveis.

“Em que outra parte do mundo se faz isso?”, questionou em evento. Além do Brasil, o ditador venezuelano também criticou processos de apuração eleitoral nos Estados Unidos e na Colômbia, onde, de acordo com ele, os votos também não são auditados.

No Brasil, o boletim de urna é um comprovante impresso emitido pela urna ao final da votação, com um resumo do que foi registrado. Ele permite que as pessoas (e partidos) confiram o resultado imediatamente após a eleição e também possibilita auditar que tanto a transmissão quanto a totalização dos votos ocorreram corretamente.

O documento é impresso obrigatoriamente em cinco vias, assinadas pelo presidente da seção e por fiscais dos partidos presentes. Depois disso, uma via é colocada na porta da seção, três são colocadas na ata e enviadas para o respectivo cartório eleitoral, e a última é entregue aos fiscais dos partidos.

As falas de Maduro vêm após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizer que ficou “assustado” com a declaração de Maduro sobre possível “banho de sangue” na Venezuela caso ele seja derrotado. Na ocasião, Lula disse que “quem perde as eleições toma um banho de voto”. Sem citar o brasileiro, Maduro sugeriu: “Quem se assustou que tome um chá de camomila”.

A eleição presidencial na Venezuela está marcada para domingo, 28 de julho.