Na entrevista desta quarta-feira (15) o professor Marco Aurélio Freire recebeu a presença do empresário Djalma Cintra Júnior, que tratou do momento empresarial da região agreste.
Ele iniciou a entrevista destacando que está otimista com a retomada econômica. Destacou a cobertura vacinal como algo fundamental neste processo, mas também lembrou que para alguns segmentos a situação econômica é diferenciada, por exemplo, o setor de eventos que foi o primeiro a fechar e o último a abrir, portanto é importante que se faça a leitura correta dos dados.
Para ele, o antigo normal não voltará e por isso as pessoas devem estar abertas a descobrir como será o novo e isso inclui os empreendedores.
Um ponto importante para Djalma é que o custo Brasil (impostos, encargos trabalhistas e infraestrutura) é algo preocupante. Por isso que para ele “em alguns segmentos se os pequenos empresários cumprissem rigorosamente a legislação, as empresas não existiriam, o momento de informalidade é o que lhes permitiu crescer”.
Quanto à integração de negócios das cidades do Polo de Confecções, Djalma vê que da parte dos empresários isso tem acontecido, como por exemplo, a Rodada de Negócios. No caso do poder público há até discursos, porém poucas ações por parte dos prefeitos e governo estadual.
Perguntado sobre a Reforma Tributária, Djalma considera que ela seria importante na simplificação da burocracia para pagamentos. Ele não vê possibilidade de redução da carga tributária por causa dos gastos dos governos.
Sobre a situação das estradas o empresário criticou a atuação do governo do estado como omissa ou relapsa para resolver esta questão. Quanto ao governo municipal, Djalma considera que, apesar do governo ser bom ele acredita que Raquel escutou muito pouco o empresariado para resolver ou explicar as dores (necessidades) dos vários segmentos econômicos, ou seja, falta diálogo com a categoria.
Sua visão quanto ao governo do presidente Bolsonaro é de que ele acerta em muitas coisas e tem um pensamento pró-empresários. Mas ao mesmo tempo seu maior inimigo é ele mesmo e poderia focar mais nos problemas que nas polêmicas, como por exemplo, na questão da vacina, cuja maior contribuição do presidente foi parar de falar mal da vacina, mas não deu o exemplo, como outros mandatários mundiais, de se vacinar.