Economia – Pesquisa aponta crescimento de 7% nas vendas de fim de ano em Caruaru

Mário Flávio - 09.12.2012 às 23:00h

As vendas de fim de ano de Caruaru em 2012 deverão repetir os bons resultados de 2011, segundo sondagens do Centro de Pesquisa do Instituto Fecomércio junto a 429 empresários/gerentes e 636 consumidores, entrevistados no comércio tradicional, shopping centers e grandes centros de compra. A previsão é de um crescimento médio das vendas em torno de 7% em relação ao fim do ano passado. Para 2013 a previsão é de um crescimento de quase 18% na comparação com 2012. Mesmo descontando-se uma inflação de 5,5% este ano e no próximo, trata-se de resultados bastante positivos.

Mais da metade dos empresários esperam vendas maiores que no ano passado, contra menos de 25% que admitem queda e 22,4% que contam com vendas iguais. “O otimismo é maior nos shopping centers, que estão em plena expansão na cidade, mas o comércio tradicional também está muito otimista”, explica Luiz Kehrle, consultor da Fecomércio. Segundo ele, nos grandes centros de compra as expectativas se dividem quase igualmente entre crescimento, queda e vendas iguais às do ano passado, influenciadas por uma previsão de desempenho fraco no Pólo Caruaru que se encontra atualmente em uma fase de transição.

O otimismo dos empresários/gerentes estende-se para o ano de 2013. Mais de 70% esperam vendas maiores, contra pouco mais de 8% que admitem faturamento menor. Neste caso, embora o otimismo continue maior nos shoppings, em todos os locais de compra pesquisados há uma forte expectativa de crescimento em 2013. No Pólo Caruaru, onde o otimismo é um pouco menor, somente 10% esperam vendas menores no próximo ano, indicando o reconhecimento que a retração prevista para o fim de ano será rapidamente suplantada. Na Fábrica da Moda, shoppings e comércio tradicional o percentual dos que esperam quedas nas vendas é menor ainda que no Pólo.

Quanto aos consumidores, de acordo com a sondagem, os empresários não deverão ter grandes surpresas este fim de ano, pois a demanda deverá manter-se em nível próximo ao do ano passado. “O percentual dos entrevistados que disseram que farão compras de fim de ano passou de 80%, um resultado estatisticamente igual ao de 2011”, revela o também consultor da Fecomércio, José Fernandes de Menezes. Por sua vez, o valor médio das compras este ano atingiu R$ 781,05, menos de 5% abaixo dos R$ 815,75 registrados em 2011, de modo que é uma previsão bem razoável que as vendas deste ano se igualem ao do ano anterior, um resultado que não está longe do previsto pelos empresários.

As compras deverão estar centradas em vestuário e calçados/acessórios, mas perfumes/cosméticos, eletroeletrônicos e brinquedos fazem parte, embora com participação bem menor, da cesta de compras típicas do fim de ano, uma cesta que varia pouco de ano para ano, de cidade para cidade e que permanece fundamentalmente a mesma em todas as faixas de renda. As compras deverão ser pagas a vista ou com cartão de crédito, já que as demais formas de pagamento cada vez mais perdem espaço em todas as faixas de renda. Nas classes A-B e C mais da metade das compras são pagas com dinheiro. Nas classes D-E, de menor renda, duas em cada três compras são pagas com dinheiro.