O governador Eduardo Campos (PSB) voltou a utilizar o perfil no Facebook para, mais uma vez, fazer críticas a presidenta Dilma Roussef (PT). Citando uma reportagem exibida neste domingo (09), no Fantástico, sobre a educação no País, o socialista afirmou que o que a matéria “prova é o quanto vem sendo difícil para os municípios tocarem as políticas públicas com cada vez menos ajuda federal”.
Segundo Campos, este problema não se restringe à educação. “Na saúde, por exemplo, de cada R$ 100 aplicados, a União entra com apenas R$ 40. O restante fica a cargo dos governos estaduais e das prefeituras”. De acordo com o governador “é uma situação ainda mais absurda quando vemos que a arrecadação direta do Governo Federal corresponde a 25,3% do PIB, enquanto que a dos Estados é de apenas 8,7% e as dos municípios, 1,9%”.
Campos diz ainda que, mesmo com recursos limitados, a administração estadual tem feito o possível na área da educação. Ele citou a criação da “maior rede de ensino integral do País” e afirmou que “temos mais escolas integrais e semi-integrais que todo Sudeste junto”.
“Somos o maior ofertante estadual de ensino à distância, chegando este ano a 12.400 matrículas. Criamos o maior programa estadual de intercâmbio, enviando até o final deste ano 1.600 adolescentes de famílias carentes para estudar no exterior. Temos investido na formação dos professores e ofertando novas possibilidades pedagógicas aos distribuir dezenas de milhares de tablets com aplicativos educacionais aos nossos estudantes”, afirmou.
O governador presidenciável declarou ainda que “é muito para nossos recursos, mas ainda é pouco para o que precisamos” e que a situação das escolas apresentadas na reportagem mostra isso. Em Pernambuco, três escolas das redes municipais de Jaboatão dos Guararapes, Petrolina e Lagoa Grande foram inclusas na matéria. O socialista disse também que o secretário estadual de Educação, Ricardo Dantas, vai se reunir, nesta terça (11), com os gestores dos três municípios exibidos para resolver os problemas apontados, mesmo o Estado não tendo gerência sobre as unidades de ensino.
“Só mudaremos definitivamente quando todos fizerem sua parte. Governo Federal, Estados, municípios e sociedade civil juntos num grande pacto pela educação. Porque ninguém aguenta mais adiar a soluções que o País precisa. Temos que começar já”, finaliza.