Do Blog de Jamildo
Em entrevista a Rádio Jornal, o ex-governador João Lyra, pai da governadora eleita Raquel Lyra (PSDB), falando do surgimento de novas lideranças, nos municípios, cobrou que o sucessor dela, Rodrigo Pinheiro, mantivesse a lealdade.
“Rodrigo Pinheiro tem tudo para cumprir as metas que Raquel assumiu juntamente com ele, na eleição e reeleição… ele tem que cumprir o que está escrito… ele tem que ser solidário com Raquel e acima de tudo se credibilizar perante a população de Caruaru“, afirmou, depois de citar que assumiu o Estado depois da morte de Eduardo Campos e “cumpriu o mandato“.
Sem se comprometer com aval, João Lyra voltou a afirmar que espera que o atual prefeito cumpra o que Raquel assumiu, na reeleição.
“A eleição (dele, como prefeito) vai depender do momento… vai depender da avaliação que a população faz.. Rodrigo, se vier a postular, tem que ter indice alto de aprovação“, observou.
Lyra disse que não pretende ter cargos no governo Raquel Lyra, mas será sempre solidário. Ele também disse que deixou a vida pública e que por isto não seria candidato a prefeito de Caruaru, em 2024. “Já cumpri a minha missão“.
O ex-governador disse que a governadora eleita teria sinalizado que iria conversar com Lula e apresentar três prioridades.
A primeira seria a conclusão do sistema de água da adutora do agreste.
A segunda a Transnordestina, para trazer uma linha ferrea até Suape. Aqui, o governo do Estado já ironizou que as duas candidatas falavam sem conhecimento de causa, por mirarem o projeto inicial, que dependia de recursos públicos federais e priorizou apenas o Ceará. Após ter sido prejudicado pelo então ministro Tarcísio de Freitas, o Estado chamou um investidor privado e encaminhou a solução. A Bemisa, de Minas Gerais, tem mina de minério no Piauí e vai investir na interligação ferroviária.
O terceiro ponto prioritário seria o sistema de transporte metropolitano, com o Metrô do Recife.
Na mesma fala, João Lyra elogiou Lula (PT) por prometer não buscar a reeleição e trabalhar porum governo de União nacional. Em mais de meia hora de entrevista, ele citou paz e respeito entre os poderes. Nesta linha, o tucano João Lyra elogiou que Lula tenha levado para sua chapa o ex-psdb Geraldo Alckmin (PSB), pelo equilíbrio como homem público.
“Bolsonaro se equivocou em ser agressivo com o poder judiciário… ele gosta de criar problema e gosta de agredir“, afirmou, mesmo frisando que via “exagero do Judiciário” em algumas situações.