A nova primeira-ministra da Itália e líder do partido Irmãos da Itália (FdI), Giorgia Meloni, fez seu primeiro discurso à Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (25). Durante a fala Meloni afirmou que quer se distanciar do fascismo e outros regimes antidemocráticos.
No discurso, Meloni disse que seu governo não se desviará “nenhum centímetro” dos valores democráticos e lutará “contra qualquer forma de racismo, antissemitismo, violência política e discriminação“.
“Nunca tive qualquer simpatia ou proximidade com regimes antidemocráticos, incluindo o fascismo“, afirmou Meloni. Numa entrevista dada quando tinha 19 anos, ela chegou a defender Benito Mussolini, afirmando que o fascista foi “um bom político” e que “tudo o que fez, fez pela Itália“.
Ela garantiu ainda que seu governo não pretende sabotar a União Europeia (UE). Meloni agradeceu as mensagens que recebeu das principais instituições europeias e explicou que sabe que há “curiosidade” sobre a atuação do governo em relação ao bloco comunitário.
A nova premiê frisou que “quem se coloca questões interrogativas não é um inimigo ou um herege, mas sim um pragmático que não tem dizer quando algo não funciona como poderia”.
“A Itália fará ouvir sua voz na Europa como convém a uma grande nação fundadora. A UE não é um círculo de elite, com membros da série A e da série B, ou uma diretoria que deve manter suas contas em ordem, mas sim uma casa comum para encarar objetivos que os países-membros dificilmente poderão enfrentar sozinhos. Nesse ponto, a UE muitas vezes não esteve preparada“, apontou Meloni.