Entrevista do Domingo – Zé Queiroz: “Ficaria feliz de ver Wolney numa função de gestor”

Mário Flávio - 25.11.2012 às 02:05h

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O prefeito reeleito Zé Queiroz (PDT) conversou com a nossa equipe de reportagem. Ele inicia a série entrevista no domingo, que vai trazer opiniões sobre fatores importantes da nossa política. Queiroz detalhas as ações para efetiva o processo de licitação das empresas de ônibus, como a cidade se prepara para cumprir o que determina a LOA 2013, além de falar que vai lutar para ter um bom relacionamento com a Câmara. O prefeito ainda disse que espera ver Wolney exercendo uma função executiva. Segue a antevista…

Recentemente foi publicado no Diário Oficial mais uma etapa do processo licitatório para as empresas que desejam concorrer a gerir essa complexa questão. Com relação a prazos para que o processo seja concretizado, qual a expectativa do senhor?

Vamos ter que cumprir aos prazos estabelecidos pela Lei, já que devido a um processo tão complexo como é o nosso, temos que ir ao máximo, muito embora que além disso, já tínhamos publicado um edital, que foi objeto de contestação. Houve algumas mudanças por determinação do Tribunal de Contas, audiências e acredito que que novas devem ocorrer. Você há de convir que nenhuma cidade brasileira atualmente está com processo licitatório aberto, uma coisa rara no Brasil e por ser rara é que abre essa oportunidade de discussão e interpretação diferenciada sobre o assunto. Existem duas correntes nacionais que se conflitam na opinião sobre licitação de transporte coletivo e estamos procurando transitar numa linha em que possamos servir a comunidade e ter a visão que existem interesses empresariais em jogo. É isso que quero que o edital contemple, que ele seja justo.

Essa semana foi votada a LOA 2013. O senhor terá um orçamento recorde de quase um bilhão de reais no primeiro ano da sua nova gestão. Com esse montante de dinheiro, a cidade deve receber muitos investimentos no ano que vem?

É evidente que um orçamento é a Lei de meios que depende muito de como está a economia, não basta só colocar esses números no papel. Existem até aquelas pessoas que defendem a tese que o orçamento é uma mera peça de ficção, mas é uma Lei de meios desse momento que estamos vivendo. Se nós consigamos fazer com que esta Lei de meios se transforme em realidade, principalmente com os programas que estão previstos e os investimentos que estão planejados, é evidente que iremos ter um grande 2013, essa é minha expectativa. Embora eu pondero que o país ainda vive os resquícios da crise internacional, que tem levado a presidenta Dilma a tomar algumas posições que sacrificam aos municípios, mas a minha esperança é que haja uma compensação para esses sacrifícios, o que permitirá que não possamos afetar a nossa peça orçamentária e que possamos cumprir tudo que está planejado para Caruaru. O meu sonho e o do vice, Jorge Gomes, é conseguir tudo isso e espero que possamos ter êxito.

Os analistas e economistas fizeram uma análise do orçamento e destacam os programas em parceria com o Governo Federal. Qual o peso da influência em Brasília para conseguir as metas que o senhor acaba de citar?

Não tenha dúvida que a influência de Wolney Queiroz é fundamental para conseguir os recursos. Devagarinho a sociedade de Caruaru vai sabendo que Wolney é uma peça importantíssima para a gestão municipal. Ele conseguiu recursos que ainda se arrastam através do tempo, nós ainda temos uma boa parte do programa Operação Asfalto para ser cumprida, todos recursos conseguidos por ele… Mas temos que lembrar que os recursos começaram com a obra de duplicação da BR 104, com os primeiros 39 milhões de reais e ele continua injetando recursos para que possamos fazer essa grande programação. O último esforço que ele deverá desenvolver e esse é gigante, diz respeito ao Plano de Mobilidade, que pode chegar a 300 milhões de reais. Não é fácil, se trata de um plano nacional, mas como está inserido no PAC, os recursos podem ser liberados e vou torcer para que o deputado Wolney Queiroz tenha êxito nessa nossa tramitação junto ao Ministério das Cidades e Caruaru possa ser contemplada com esses meios, para que possamos fazer um grande Plano de Mobilidade, que falei durante o guia eleitoral com muita objetividade. É um plano necessário para a reestruturação da cidade dos pontos de vista da mobilidade e acessibilidade, essa é a minha torcida.

O senhor considera o deputado federal Wolney Queiroz como o seu sucessor legitimo para em breve assumir a liderança da Frente Popular em Caruaru?

Isso leva tanto tempo (risos). É uma conjectura que tem que passar pelas circunstancias temporais. Eu diria que independente do tempo, Wolney Queiroz está preparado para qualquer missão, e falo até em outras postulações. Ele tem uma formação muito sólida, é estudioso, pesquisador, dedicado e dotado de uma inteligência capaz de executar transformações. Mas é evidente que não posso negar, se o tempo permitisse, ficaria feliz de vê-lo numa experiência de gestão, mas a gente depende ainda de tanto tempo, que é preferível dizer que ele é uma figura de oportunidades, que renova a política caruaruense e faz isso com grandeza.

Estamos prestes a mais uma eleição da Câmara, o senhor teve muitos problemas na eleição que culminou com Lícius na presidência. Como estão as articulações para essa nova Mesa?

Já já… Estamos conversando isoladamente com os vereadores eleitos pela primeira vez, estamos trocando ideias, são pessoas que têm demonstrando muito compromisso com as bases políticas, mas como ainda temos mais de um mês, temos tempo suficiente para amadurecer e fazer com que as coisas aconteçam da melhor maneira possível. Repito o que disse em 2008, é um compromisso público que tenho, uma gestão com uma linha paralela com a Câmara e fizemos isso. Nessa quatro anos que estamos terminando, independente das divergências políticas, não tive um único projeto derrotado, porque faço projetos para Caruaru, que propõe mudanças para a cidade e quero que essa Câmara continue nessa linha de compromisso público com Caruaru, de um lado o Executivo e do outro correndo paralelamente o legislativo,