A esquerda enfrenta desafios consideráveis nas maiores cidades do interior do Nordeste, uma região que historicamente tem sido um reduto de apoio aos partidos progressistas. Assim como nas capitais, onde o cenário tem mostrado dificuldades, o cenário eleitoral no interior também revela uma tendência de fortalecimento da centro-direita.
Em Feira de Santana, na Bahia, o PT foi derrotado pelo candidato de centro-direita José Ronaldo (União Brasil), consolidando a hegemonia da direita na segunda maior cidade do estado. Em Campina Grande, na Paraíba, a disputa está sendo polarizada entre Bruno Cunha Lima (União Brasil), atual prefeito e favorito, e Dr. Johny (PSB), com Cunha Lima liderando a corrida para o segundo turno.
Em Pernambuco, as duas maiores cidades do interior, Petrolina e Caruaru, consolidaram o domínio da centro-direita já no primeiro turno. Simão Durando (União Brasil) e Rodrigo Pinheiro (PSDB) garantiram suas reeleições com vitórias expressivas sobre os candidatos da esquerda.
Na Bahia, Vitória da Conquista também teve um revés para a esquerda. Apesar de a eleição estar sub Júdice, Sheila Lemos (União Brasil) venceu com folga Waldenor Pereira (PT). Em Juazeiro do Norte, no Ceará, Fernando Santana (PT) foi derrotado no primeiro turno por Glêdson Bezerra (Podemos), reafirmando a dificuldade da esquerda em reconquistar bases importantes.
Em Imperatriz, no Maranhão, o segundo turno será disputado entre dois candidatos de centro-direita: Rildo Amaral (PP) e Mariana Carvalho (Republicanos), deixando a esquerda fora da disputa. O cenário é similar em Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde Allyson (União Brasil) venceu com mais de 70% dos votos. Juazeiro, na Bahia, elegeu Andrei (MDB), também alinhado ao centro.
A lista das dez maiores cidades do interior do Nordeste se completa com Arapiraca, em Alagoas, onde Luciano Barbosa (MDB) venceu a eleição com apoio de uma coalizão que incluiu partidos de esquerda, mas que foi conduzida por uma figura de centro.
