Esquerda vence eleições legislativas na França

Mário Flávio - 08.07.2024 às 09:17h

Os franceses foram em peso às urnas definir o novo Parlamento e, consequentemente, o novo primeiro-ministro do país no 2º turno das eleições. A França é semi-presidencialista. Enquanto o Macron é chefe de Estado e tem mandato até 2027, podendo dissolver o Parlamento, o premiê é o chefe de Governo e comanda a execução das leis.

Quase 60% dos eleitores votaram, registrando a maior taxa de comparecimento desde os anos 1980. Por lá, o voto não é obrigatório. Nenhum partido ou bloco conseguiu a maioria absoluta dos 577 assentos, mas a aliança de esquerda foi a que somou o maior número de deputados eleitos. O resultado foi uma surpresa, já que, no 1º turno da semana passada, a direita liderou a votação com uma ampla vantagem — e tudo parecia encaminhado para dominarem a Assembleia.

O partido de centro do presidente Emmanuel Macron se juntou com legendas de todas as vertentes da esquerda para barrar uma possível vitória da direita. Mais de 200 candidatos da aliança desistiram de concorrer no 2º turno para concentrar os votos em um candidato e, assim, evitar dividir os eleitores.

Nova Frente Popular (esquerda): 180 a 215 cadeiras;

Juntos (centro): 150 a 180 cadeiras;

Reunião Nacional (direita): 120 a 150 cadeiras.