O ex-prefeito de Maragogi-AL, Marcos Madeira (PSD), segue foragido. Ele foi acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de improbidade administrativa. Segundo o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do MPE, o ex-prefeito, que administrou o município do Litoral Norte entre 2004 e 2012, teria desviado R$ 2,5 milhões dos cofres públicos.
Ele acusado de dispensa ilegal de licitação, crime que teria sido cometido 42 vezes; falsidade ideológica (por 169 vezes), uso de documentos falsos (por 57 vezes) e formação de quadrilha. O ex-prefeito também é acusado de apropriação de bens ou renda públicos ou desvio em proveito próprio, infração que teria cometido 114 vezes durante sua gestão.
No dia 11 desse mês os advogados de Madeira entraram com um pedido de relaxamento da prisão, mas o desembargador, Otávio Leão, manteve a prisão. O magistrado ainda ressalta o fato de o ex-prefeito já não deter prerrogativa de foro, com Marcos Madeira tendo concluído o segundo mandato em dezembro passado. Ou seja, há a necessidade de os autos serem remetidos à 17ª Vara Criminal da Capital, com o Juízo de 1º grau assumindo a competência para processar e julgar o feito em questão.
Em sua decisão, o desembargador utiliza o termo ‘organização criminosa’ para se reportar ao grupo, destacando que o conteúdo probatório das denúncias justifica a necessidade de decretação das prisões preventivas. Além do prefeito, também foram alvos da ação penal o integrante da Comissão Permanente de Licitação e tesoureiro da Prefeitura, Marcondes Antônio Dias, a auxiliar de contabilidade Marileide Lima de Luna, o tesoureiro (a partir de 2009) Maurício Henrique Santos da Silva, e a também tesoureira, nos anos de 2010 e 2011, Rosineide J. de Oliveira.