Frente Popular aposta em tempo no rádio e TV para apresentar Paulo Câmara

Mário Flávio - 05.03.2014 às 23:57h

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A visita da comitiva do governador Eduardo Campos (PSB) em algumas cidades do interior durante o carnaval deixou evidente o desconhecimento da maioria do eleitorado sobre o pré-candidato do PSB ao governo de Pernambuco. Por onde passou, muita gente se perguntava quem era Paulo Câmara e fazia menção a candidatura de Eduardo Campos a presidente. Como aliado para tornar o nome viável, a Frente Popular monta um palanque que vai contar entre 13 e 16 partidos. Essa soma vai possibilitar mais da metade do guia de rádio e TV para explorar o nome do socialista junto a população.

Com esse leque de legendas, dos 20 minutos destinados ao guia de governador, pelo menos dez ficarão com a Frente Popular, uma ampla vantagem para que analistas e marqueteiros trabalhem o nome de Câmara como candidato, para seguir a tão falada renovação política que cita o governador Eduardo Campos. A estratégia da campanha deve ser bem parecida com a da candidatura de Geraldo Júlio para a prefeitura do Recife.

Câmara vai ser apresentado como um gestor moderno, com a capacidade de aglutinar forças que independem de ideologia ou lado político. Além disso, a atuação dele a frente da Secretaria da Fazenda será o foco de outra parte do guia. Os números obtidos por ele durante a gestão serão amplamente explorados, para mostrar que houve avanços na capacidade do estado de arrecadar e ao mesmo tempo distribuir de uma maneira equânime os recursos para todas as regiões de Pernambuco.

Os avanços da gestão Eduardo Campos também serão expostos no guia, para tentar passar aquela ideia de que time em que está ganhando não se mexe. A equipe de comunicação já trabalha a desenvoltura de Câmara, para que ele possa passar confiança ao eleitor nos comícios e principalmente nos debates que virão pela frente, já que nos programas de rádio e TV, essa questão não será problema.

IMAGEM – A imagem de Paulo Câmara já começou a ser explorada. As inserções do PSB abriram espaço para o ainda secretário. O texto usado faz menção a gestão do socialista na secretaria da Fazenda, uma prévia do que vai vir nos programas de rádio e TV durante a campanha.

DE OLHO – O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga determinou ao Facebook Serviços Online do Brasil a retirada imediata da página na internet de conteúdo com propaganda antecipada de eventual candidatura do atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a presidente da República nas eleições deste ano. O ministro tomou a medida ao deferir liminar em representação apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) contra Eduardo Campos e o Facebook por promoção do governador como provável candidato a presidente nas eleições de 2014.

VIA LIBERADA – Durante o feriado do carnaval, a avenida Rio Branco esteve interditada para realização das obras do canteiro central. Às 16h30 desta quarta-feira, a via será liberada no sentido Centro/BR-104. O outro lado da via permanecerá interditado até o final do dia.

COLADA – O vice-governador João Lyra (PSB) aproveitou o carnaval para descansar. Ele também evitou ir a locais públicos para evitar perguntas de repórteres sobre uma possível crise com o governador Eduardo Campos, após ser preterido da disputa do governo do estado. No entanto, a deputada estadual Raquel Lyra, que é folha do vice, colou em Eduardo e cumpriu agenda com o governador em vários municípios.

APOIO – A decisão sobre o apoio do PT a candidatura de Armando Monteiro sai no dia 23 desse mês. Essa é a data escolhida pelo partido para tomar uma posição oficial sobre a união com o PTB. Para muitos a situação é dada como certa, já que as principais lideranças da sigla assinaram um documento defendendo a aliança. A opinião do ex-presidente Lula e da Presidenta Dilma também pesarão. Os dois querem o apoio a Armando.

SENADO – Lula e Dilma também querem o nome do deputado federal João Paulo como candidato ao senado, numa aliança com Armando. Jampa está disposto a entrar na disputa, mas deve ser recompensado em caso de derrota. A eleição vai ser dura contra o leque de partidos montados pela Frente Popular. Em termos de debate a disputa também vai ser interessante, com João Paulo de um lado e Fernando Bezerra Coelho do outro.