O ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Gilson Machado Neto, deve mesmo deixar o PL. A insatisfação se intensificou após a recente aparição de um vídeo no qual o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, desafeto de Gilson, surge ao lado do presidente nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto. O episódio incluiu provocações a Gilson, deixando claro que seu espaço dentro do partido está cada vez mais reduzido.
Embora o PL tenha a forte influência de Jair Bolsonaro, o controle estratégico da legenda está nas mãos de Valdemar, que dita os rumos e decisões partidárias. Isso coloca Gilson Machado em uma posição desconfortável, tornando sua permanência insustentável.
Com sua provável saída do PL, o ex-ministro avalia opções para continuar competitivo no cenário eleitoral. Uma alternativa seria o PP, partido que vem ampliando sua presença em Pernambuco. No entanto, a legenda tem um alinhamento com a governadora Raquel Lyra, o que poderia gerar um impasse para Gilson. Além disso, o PP já conta com um pré-candidato ao Senado no estado, deputado Dudu da Fonte, reduzindo as possibilidades para o ex-ministro nessa disputa.
Apesar disso, um movimento estratégico dentro do PP poderia viabilizar uma candidatura de Gilson Machado a deputado federal, caminho que, na prática, ofereceria maiores chances de sucesso eleitoral. Caso essa articulação avance, Gilson poderá redefinir sua trajetória política e encontrar um espaço mais favorável para consolidar sua candidatura em 2026.
A saída de Gilson do PL e sua possível migração para o PP mostram como a política pernambucana está em constante reconfiguração. Nos próximos meses, as movimentações partidárias e as negociações de bastidores devem definir o futuro do ex-ministro e de sua influência no estado.
