
Algumas renúncias fiscais que não estão previstas no orçamento deste ano podem gerar um rombo de R$ 32 bilhões nas contas públicas. Quem disse isso foi o próprio Fernando Haddad, que entre os motivos citou a desoneração da folha de pagamentos.
A desoneração é uma redução de impostos trabalhistas. Em vez de pagar uma taxa sobre os salários, as empresas pagam uma contribuição sobre a receita bruta. Nas contas do ministro, essa medida causaria uma perda de R$ 12 bi ao governo. Outros R$ 16 bi de rombo seriam do programa de retomada do setor de eventos e mais R$ 4 bi de redução de impostos para pequenos municípios.
No ano passado, o governo fechou as contas públicas com déficit de R$ 137 bilhões. Já para 2024, a ideia é terminar o ano com déficit zero. Só que para isso, o governo vai precisar faturar mais R$ 168 bilhões. E é por isso que qualquer rombo novo — principalmente os que não estavam previstos — deixam a equipe de Lula tão preocupada.
O governo até tentou barrar a desoneração, mas a rejeição foi tanta que ela deve continuar em vigor. Agora, Haddad, Lula e outros ministros discutem uma solução para diminuir o rombo.