O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), saiu em defesa nesta segunda-feira (24) das possíveis indicações da presidenta Dilma Rousseff para compor o novo ministério a partir do próximo ano. Da semana passada para cá, são apontados como possíveís integrantes do primeiro escalão do governo os senadores Armando Monteiro (PTB-PE) e Kátia Abreu (PMDB-TO), o ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy e o ex-secretário-executivo da Fazenda Nelson Barbosa.
Na sexta-feira (21) Levy e Kátia Abreu eram dados como certos para ocuparem, respectivamente, os ministérios da Fazenda e da Agricultura. Jornalistas foram avisados que aconteceria o anúncio, mas acabou adiado, provavelmente para quinta-feira (27). O ex-secretário do Tesouro passou a receber críticas de parte do PT por conta de suas opiniões sobre a atual política econômica do governo federal. Ele é contra a postura anticíclica adotada pelo atual ministro Guido Mantega, de intervenção na área com subsídios para manter empregos e combater os efeitos da crise internacional.
Levy, secretário do Tesouro Nacional durante o primeiro mandato de Lula e atual diretor-superintendente do Bradesco Asset Management, é considerado por petistas como um economista com perfil ortodoxo demais para um governo do PT. Ou seja, para ele é preciso acabar primeiro com a inflação para o país crescer depois. Porém, na visão do líder do PT no Senado, caso ele seja confirmado na Fazenda, o economista será o “guardião” do modelo de desenvolvimento adotado pelos governos Lula e Dilma nos últimos 12 anos.
“De forma que, conhecedor das tantas competências de Joaquim Levy, estamos todos extremamente confiantes na forma como ele comandará o Ministério da Fazenda e nos rumos pelos quais será conduzida a nossa política econômica. Então, não morram de véspera os pessimistas porque Joaquim Levy nem chegou ainda à Fazenda. E, quando chegar, será guardião do modelo de desenvolvimento para o Brasil que, já largamente experimentado, mostrou que dá certo”, afirmou.