Há um ano para a comemoração dos 200 anos da independência do Brasil, seguimos em nossa república e ainda jovem democracia com seus altos e baixos.
A instabilidade entre os três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário nunca esteve tão visível aos olhos da nação que apesar das limitações no acesso à educação, saúde e habitação, acompanha a tudo pelo WhatsApp.
Provocações e afrontas ao texto constitucional de 1988, se tornaram quase diárias, nos lançando numa perspectiva de ruptura da estabilidade entre os poderes da república, balizadores da democracia.
Enfim, o que esperar para 2022, ano que haverá as eleições mais acirradas desde a redemocratização do país e, que em 1989 voltou a escolher pelo voto que deve comandar o mais alto posto da nação, a presidência da república.
Sobram argumentos de todos os lados mas, diante do flagrante, da polarização política, a nossa democracia correria mesmo risco de ruptura? Acredito que não, pois a Constituição Cidadã de 1988, tem em suas linhas a garantia da estabilidade e, os instrumentos jurídico constitucionais a manutenção de nossa democracia, mesmo diante de cenário de crise.
A nossa democracia apesar de jovem, dentro do espectro constitucional já suportou dois processos de impeachment e, assegurou a manutenção da estabilidade do país. Sendo assim, não seriam discursos e bravatas de cunho eleitoral antecipado que a fragilizariam.
O que não podemos, enquanto nação esquecer é que permaneceremos um só povo e no mesmo espaço territorial, independentemente do resultado das eleições em 2022. Daí, importante que concentremos todos os esforços necessários para o bem e unidade do país, ao invés de seguir divididos.
Ademais, a intenção de D. Pedro I, quando da ruptura à época da então colônia brasileira com o reino de Portugal, desde a primeira constituição de 1824(outorgada), sempre foi a unidade do Brasil.
Destarte, que possamos e saibamos valorizar a declaração da nossa independência que comemorará 200 em 2022, respeitando a democracia e defendendo a importante harmonia entre os três poderes.
Paulo Artur Monteiro