O deputado Joel da Harpa, do PL, criticou, nesta terça, o Sintepe, Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco, por ter manifestado preocupação com os chamados “intervalos bíblicos” nas escolas públicas estaduais. Segundo o parlamentar, a entidade sindical abordou o assunto durante uma reunião no Ministério Público de Pernambuco, que tratava do ensino religioso.
Na opinião do deputado, uma possível proibição ao “intervalo bíblico” fere o direito dos cidadãos à liberdade religiosa. Isso porque, como ele explicou, a prática é o encontro voluntário de jovens para expressar sua fé, durante o recreio. “É bem melhor que esses adolescentes estejam se reunindo para cultuar, para praticar a sua fé de que cometendo o consumo de drogas.”
Já Dani Portela, do PSOL, ponderou que “o Sintepe somente compartilhou denúncia recebida pela entidade, não tendo se posicionado no sentido de que sejam proibidas as práticas”. Doriel Barros, do PT, criticou o discurso de Joel da Harpa. “Queria lamentar a fala do deputado que faz uma acusação ao sindicato dos professores que não tem sustentação e nem base legal e que, portanto, usa a tribuna com o intuito de falar para um eleitorado e tentando se promover em cima de um fato que não é aquele que ele destacou aqui.”
Adalto Santos, do PP, por sua vez, endossou as palavras de Joel da Harpa, mas disse crer na prudência e na isenção do Ministério Público. Para Abimael Santos, do PL, a preocupação do sindicato representaria “preconceito religioso”.
