A eleição desse ano terminou com muita emoção e uma disputa acirrada entre os dois partidos que polarizam a política nos últimos 20 anos no Brasil. PT e PSDB travaram um duelo que teria tudo para ser salutar à democracia. Mas o que se viu foi uma eleição atípica e com a marca do clima de guerra entre adversários. Nos dois dias antecedentes a eleição, o que se viu foi a pulverização de boatos e o WhatsApp sendo uma ferramenta para disseminação de todo o tipo de ataque de ambos os lados.
Voltando a eleição, esperamos que daqui a quatro anos possamos ter outro nível de debate. Não é possível que figuras tão inexpressivas passem a ter tanta importância, já que quase nada representam para mudar o Brasil. Nomes como Silas Malafaia, por exemplo, que o tempo todo usa a religião para fazer política acabam deixando a política menor. E o que dizer de Lobão? Um cantor que fez sucesso há mais de 20 anos e de lá para cá não trouxe nada de novo. Acabou sendo o alvo dos petistas para dar munição a militância. O Brasil é maior que isso e não pode se pautar em polêmicas estéreis desse artista.
Por fim chego a Lula. Esse sim… Tem história na política, já que militar faz pelo menos 30 anos. No entanto, as últimas semanas foram de uma postura cheia de equívocos do ex-presidente. Rotulando o candidato Aécio Neves de Playboy e Filho de Papai, só aumentou a tensão entre os militantes. Pior mesmo foi taxar os militantes tucanos de nazistas e compará-los a Herodes. Sinceramente, não vejo nenhuma diferença entre esse tipo de fala e as acusações que algumas pessoas fizeram contra os nordestinos após os resultados das urnas.
Esperamos que a partir dessa eleição o Brasil eleve o nível do debate. Que figuras como Lobão e Malafaia tenham a importância que merecem na política, ou seja, nenhuma. E que agentes públicos como Lula, reflitam sobre o pleito e evitem puxar pra baixo a discussão política.